O alerta da organização de cooperação internacional é para localizar pessoas desaparecidas. Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, foi visto pela última vez em Caicara del Orinoco, na Venezuela. Dono da aeronave, que contratou o piloto, afirma não saber seu paradeiro. Nome de Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, visto pela última vez em Caicara del Orinoco, na Venezuela, está incluído na lista da Interpol Divulgação A Interpol incluiu, na última sexta-feira (1), o nome do piloto brasileiro Pedro Rodrigues Parente Neto, de 37 anos, está em sua lista de notificação amarela, que serve para ajudar a localizar pessoas desaparecidas. A classificação batizada de “Yellow Notice”, ou aviso amarelo em português, é o terceiro alerta mais acionado pela organização de cooperação internacional em todo o mundo. A notificação fica atras do “Alerta Vermelho”, que serve para localizar e prender pessoas procuradas e a “Difusão Azul”, para buscar mais informações sobre a identidade e o paradeiro de uma pessoa investigada por suas possíveis atividades criminosas. Nascido no Rio de Janeiro, o piloto Pedro Rodrigues, conhecido como Pedro Buta, não é visto desde 1º de setembro, após viagem de trabalho para a Venezuela. Piloto desaparece após sair do Rio rumo à Venezuela em monomotor Buta foi contratado para pilotar um monomotor Bellanca até uma pequena cidade à beira do Rio Orinoco, onde desapareceu. Não há registros de que a comissão obtida tenha autorização para entrar no país de forma legal. O g1 refez os passos de Buta com base em registros da FAB, em documentos e no que disse o contratante, o empresário brasileiro do ramo da mineração Daniel Seabra de Souza. A TV Globo descobriu que a aeronave era motivo de uma desavença financeira. Um outro empresário cobrava do mais recente contratante de Pedro um pagamento pelo avião. scrolly piloto Suposta mensagem de Buta O piloto Pedro Buta Reprodução/TV Globo A família de Pedro recebeu uma suposta conversa entre o piloto e o dono do avião. Pedro diz a Daniel Seabra: “Estou pensando aqui… posso cavar em Rio Branco, abastecer e passar um plano [de voo] para qualquer fazenda no rumo da missão. Aproximo, desligo o transponder e meto o pé para frente”. Pedro completa: “Nem pouso. Só entre no circuito, desligo o transponder e sigo”. O dono da aeronave concorda mais uma vez: “Sim”. Um transponder é um dispositivo eletrônico que permite que o avião seja rastreado. O que diz a FAB A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o último plano de voo registrado pela aeronave de Buta foi no dia 17 de agosto, partindo de Boa Vista, em Roraima, às 8h17, com destino a uma fazenda em Amajari, cidade em Roraima que fica próxima à fronteira com a Venezuela. Ainda segundo a FAB, o sinal do avião foi perdido ao entrar no espaço aéreo sem cobertura de radar e não há registros de nova decolagem do avião. O que diz a mãe de Buta Maria Eugenia Buta Reprodução/TV Globo Maria Eugenia Buta contou que o filho mentiu estar no Nordeste do Brasil. “O último contato que eu tive com ele via WhatsApp foi no domingo, 1º de setembro. Até então, eu pensava que ele estava na Bahia. Porque, pensando em me proteger de preocupação, ele não me relatou que estava na Venezuela”, lembrou. A mãe não teve mais notícias de Buta. “O senhor Daniel Seabra afirma que passou o domingo em Caiçara com o Pedro. E ele fala calmamente. Aí, na segunda-feira, o Pedro pegou o avião e sumiu. Alguém viu o Pedro pegar o avião? Como que uma pessoa pega um avião e ninguém vê, numa fazenda, que ele está decolando? Eu preciso, eu preciso encontrar meu filho”, pediu. O que diz o empresário O empresário brasileiro do ramo da mineração Daniel Seabra de Souza Reprodução/TV Globo “Dia 4 de setembro, nós iríamos regressar ao Brasil porque dia 6 tinha que fazer o CVA [Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade] da comunicação. No dia 1º, encontrei o Pedro pela manhã, ele me cumpriu. Dali, eu saí para os meus fazeres e não vi mais o Pedro. Mais tarde, mandei mensagem para ele, ele não respondeu. Na segunda-feira [2]fui minhas fazer coisas, mandei mensagem, ele não respondeu. Eu falei: 'Uai, será o que está apostando?' Aí, foi que eu tive a informação de que nem ele nem o avião estavam lá. E que ele teria dito com um terceiro que não tem, que eu não sei, não tem identificação de quem é esse terceiro”, declarou Daniel. Sobre a troca de mensagens em que Buta concluiu diz que ia desligar o transponder, o empresário diz: “Se você pegar essa conversa para cima, vai ver que é outra coisa, eu coloquei 'sim', ele disse de novo, e eu coloquei 'sim' lá em cima. Não é do transponder do avião. Não sei quem invejou essa mensagem, não tenho nem ideia de quem mandou”. Questionado pelo RJ2 se poderia enviar uma conversa inteira para esclarecer o teor da conversa, ele nega. “Vou apresentar para a Polícia Federal”.
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