Gaema quer saber, em outras informações, se as prefeituras têm brigadas, se fazem fiscalizações, mapeamentos e ações preventivas. Incêndio aconteceu na próxima Estação Ecológica de Ibicatu, em Piracicaba Edijan Del Santo/EPTV O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público, instalou procedimentos para questionar a estrutura existente nas cidades da região de Piracicaba (SP). ) para prevenção, fiscalização e combate a queimadas. No total, foram instaurados cinco procedimentos relacionados aos municípios da área de abrangência do Gaema Piracicaba. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Segundo a promotora Alexandra Faccioli Martins, que assina eles junto ao promotor Ivan Carneiro Castanheiro, esse acompanhamento vem ocorrendo regionalmente desde 2013, com a articulação entre os diversos órgãos da Operação São Paulo Sem Fogo (antes Operação Corta-Fogo). Ele envolve estados, municípios, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Fundação Florestal, Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), concessionárias, entidades representativas do setor sucroenergético e da sociedade civil. “Por meio desses procedimentos, busca-se elaborar um diagnóstico atualizado da rede de monitoramento, prevenção, controle e combate a incêndios florestais e queimados; acompanhar a implementação, estruturação e funcionamento da Defesa Civil nos municípios e a adoção de medidas para a redução dos riscos de riscos acidentes e desastres; fortalecer a rede de articulação […]; Avaliar se as políticas públicas existentes são suficientes e eficientes […]; acompanhar as ações e estratégias que vêm sendo desenvolvidas”, detalhou a promotora. Queimada registrada no canavial de Piracicaba, nesta quarta-feira (14) Edijan Del Santo/ EPTV 30 dias para envio de informações Foi dado um prazo de 30 dias para que as prefeituras prestem uma série de informações, entre elas, as seguintes: Se foi criada, formalizada e institucionalizada uma brigada composta por servidores municipais (mínimo de quatro), devidamente treinadas; de combate ao fogo em coberturas vegetais; atividades, dentre outras); Foram criados planos de prevenção, controle, monitoramento e combate a incêndios florestais ou plano de contingência relacionados ao tema para atuação emergencial, em conjunto com os órgãos estaduais de emergência; Se conta com estrutura de plantão, com equipes de combate, para atendimento de emergências nos sete dias da semana, durante 24 horas, com ampla divulgação à população; Se a cidade possui Defesa Civil Municipal e qual é sua estrutura, humana e material; Quais as ações realizadas pela Defesa Civil no município para a prevenção e controle de incêndios florestais. Incêndio na Estação Ecológica de Ibicatu, em Piracicaba Prefeitura de Piracicaba Também foram enviados pedidos de informações à Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros, com o mesmo prazo, para solicitar dados de ocorrências, de autuações realizadas, de empresas que deixaram de cumprir as obrigações de criar planos de prevenção a incêndio e para questionar a estrutura existente para atendimento de ocorrências. À Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo foram solicitados dados e ações realizadas para prevenção e controle de incêndios florestais. Já ao presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Piracicaba foi questionado o andamento da elaboração de um “Plano de Contingência Regional para Atendimento a Incêndios Florestais e outras situações de risco” e a situação em relação à adesão das cidades à Operação São Paulo Sem Fogo. “Verificou-se a necessidade de avanços na implementação da política pública de prevenção, controle, monitoramento e combate aos incêndios florestais e queimados nos Municípios da área de abrangência dessa unidade administrativa. Também se contatou a urgência de medidas de mudança à redução dos riscos de desastres e ao fortalecimento da rede interinstitucional para maior capacidade e agilidade de resposta”, aponta o trecho do procedimento. Incêndio em mata às margens da Rodovia Deputado Laércio Corte (SP-147), em Piracicaba Comitê da Polícia Militar criado em Piracicaba Na sexta-feira (6), uma reunião marcou a criação do Comitê Florestal de Piracicaba para combate a incêndios. Fazem parte deste comitê da Prefeitura de Piracicaba, por meio de suas secretarias municipais e da Guarda Civil (Pelotão Rural e Pelotão Ambiental), ao lado do Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental – vinculados à Polícia Militar do Estado de São Paulo –, além de associações e empresas que atuam em Piracicaba e região, como os grupos Raízen, São Martinho e Suzano. Umidade do ar em nível de emergência Em meio à alta de casos de queimadas, pelo menos 15 cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba e Região atingiram um índice de umidade do ar inferior a 20% na quinta-feira (5), o que é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um estado de emergência. Capivari – 16,7% Charqueada – 12,4% Cordeirópolis – 10,2% Cosmópolis – 14,5% Elias Fausto – 15,9% Ipeúna – 17,1% Iracemápolis – 16,4% Limeira – 16% Mombuca – 12,8% Nova Odessa – 11,5% Piracicaba – 16,4% Rio das Pedras – 19% Sal tinho – 15,2% Santa Bárbara d'Oeste – 16,6% São Pedro – 12,7% De acordo com o pneumologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Murilo Angeli Piva, o ideal é uma umidade de ar entre, pelo menos, 50% e 60%, e o cenário de baixa umidade aumenta as doenças respiratórias e pode causar desidratação e doenças como infarto e AVC. “Quando uma pessoa fica desidratada, aumenta o risco de formação de trombos, de interferência em artérias, aumenta o risco de infarto, de AVCs, de derrames. Isso porque você vai ter um sangue mais espesso, vai ter uma filtração renal um pouco menor, porque você não tem aquela abundância de líquidos para ajudar a tirar as toxinas do corpo”, explica o médico. 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