O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a visita do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Valdemar Costa Neto e mais cinco aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua casa em Brasília. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em caráter preventivo por suposta tentativa de interferência à justiça. Fazem parte do mesmo processo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo.
Desde que Moraes decretou sua prisão domiciliar, Bolsonaro tem recebido visitas de políticos e líderes religiosos. Após o desconforto da família com visitas tidas como oportunistas, a dinâmica mudou. Agora, após o pedido de visita, o ministro perguntou a Bolsonaro se ele quer receber o postulante em sua casa.
A primeira visita, programada para quinta-feira (9), é a de Ciro Nogueira. Ex-ministro de Bolsonaro, Ciro foi criticado pela direita por ter, logo após a visita ao ex-presidente, dito que não revisaria o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Além disso, o senador disse que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), seriam os únicos aptos a receber o aval de Bolsonaro para eventuais substituições. A declaração gerou revolta no governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e os dois chegaram a trocar farpas nas redes sociais.
Logo depois, na sexta-feira (10), Bolsonaro receberá Marcus Antonio Machado Ibiapina, assessor do PL. Em seguida, segunda-feira seguinte (13), será uma vez de Bruno Scheid vice-presidente do PL em Rondônia. Na terça-feira (14), Bolsonaro receberá o senador Marcos Pontes (PL-SP)seu ex-ministro da ciência e tecnologia. Outro senador a falar com o presidente em sua casa será Márcio Bittar (PL-AC).
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Sóstenes e Valdemar destacam-se entre os visitantes
As últimas duas visitas são de líderes políticos influentes no parlamento, a saber, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)líder do PL na Câmara, e Valdemar Costa Netopresidente nacional do PL.
As visitas ocorreram em um momento de tensão entre a família Bolsonaro e o PL. Eduardo Bolsonaro inventou a possibilidade de deixar o partido para encontrar uma sigla que o acolha como candidato a presidente em 2026. O primeiro partido ventilado foi o PRTB, mas a sigla negou que aceitaria o deputado em suas fileiras.
As sete visitas deverão ocorrer das 9 às 18h, de acordo com a decisão de Moraes. Bolsonaro pediu ainda a visita de seu ex-ministro do Turismo, o agora vereador do Recife Gilson Machado. Moraes, no entanto, ainda não analisou o pedido.
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