Segundo o MPMG, representantes da empresa estavam 'atuando para impedir ou protelar ao máximo o acompanhamento das obras pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)', empresa indicada para acompanhar os trabalhos técnicos no prédio por seis meses. Edifício Roma, em Montes Claros Francyne Perácio/Inter TV O Ministério Público de Minas Gerais emitiu uma decisão administrativa cautelar que suspendeu, temporariamente, os serviços de reforço estrutural no edifício Roma, interditados em Montes Claros desde o dia 8 de abril. (Lembre o caso abaixo) No documento, o MPMG alega que a construtora Turano encontrou em contribuir com os custos para contratação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), mas após o envio do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) passou a colocar empecilhos . O IPT é uma empresa pública que pertence ao governo de São Paulo, indicada pela 13ª Promotoria de Justiça de Montes Claros, para acompanhar, de forma isenta, os trabalhos técnicos no prédio por seis meses. LEIA TAMBÉM Laudo para a liberação do entorno do edifício interditado em Montes Claros é enviado para o Corpo de Bombeiros e MPMG Entorno do edifício interditado em Montes Claros é liberado após elaboração de laudo CEO da construtora responsável pelo prédio interditado em Montes Claros fala sobre andamento dos trabalhos Prédio que foi evacuado e permanece interditado em Montes Claros tem uma estrutura escorada Segundo a decisão administrativa cautelar, representantes da empresa estavam “atuando nos bastidores da investigação para impedir ou proteger ao máximo o acompanhamento das obras pelo IPT ou de qualquer agente externo, capacitado , imparcial e sobretudo indicado por ator sem interesses econômicos na questão”. VÍDEO: MG1 mostra trechos da decisão do Ministério Público O Ministério Público esclareceu também que há uma gravação de uma conversa entre os mesmos representa com a engenheira do IPT no intuito de induzi-la, sem sucesso, “a fatos afirmados inverídicos de interesse de quem pretende impedir a participação do IPT na fiscalização da obra (ou permitir apenas que este seja dependente de trabalho de escritório de projetos escolhidos pela própria Construtora)”. No documento, consta ainda que uma equipe de fiscalização do Procon Estadual foi impedida de acessar as áreas comuns do prédio na última segunda-feira (17) e foi registrado um boletim de ocorrência. Para o Ministério Público, as evidências indicam que a construtora “deseja impedir ou ao menos proteger ao máximo a participação de algum agente fiscalizador externo e independente – não escolhido por ela nem dependente de serviços prestados por empresa escolhida por ela – no envio das obras de reforço estrutural da edificação e, talvez, na purificação da causa do colapso”. A decisão administrativa prevê a suspensão dos serviços até o início do acompanhamento das obras pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas ou pelos próximos sete dias. Neste período, continuam sendo feitas ações de monitoramento diário da estabilidade e do escoramento da edificação que o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil consideram absolutamente inadiáveis para garantir a segurança do prédio e do entorno. A produção da Inter TV solicita um posicionamento da construtora e aguarda retorno. Entenda o caso Vídeo mostra prédio evacuado em Montes Claros O prédio foi interditado no dia 8 de abril após problemas na estrutura de dois pilares. Por questões de segurança, a medida foi aplicada para imóveis e vias em um raio de 60 metros por 15 dias. O edifício possui 30 apartamentos e 19 andares. As residências, comércios e o trânsito no entorno do edifício Roma, foram liberados no dia 23 de abril após a elaboração de um laudo técnico, feito por uma empresa independente, que atestou a segurança da edificação. Conforme a empresa contratada, assim que o edifício foi interditado, a construtora solícita análise do projeto estrutural original para verificar as causas do problema e o monitoramento da estrutura para permitir a entrada de funcionários para a execução do escoramento. Com a ajuda de um software, a empresa aponta ter identificado a seguinte situação: “Deficiência de estresse no núcleo composto pelos elevadores e escada, além de análise de especificidade elevada em alguns pilares até o piso do 12º pavimento. Também foi constatado que, na transição dos pilares do 3º pavimento, onde a transmissão dos esforços e realizados diretamente pela placa da laje nervurada, as tensões de punção nos capiteis e as deformações do elemento portante são maiores que os valores previstos na normativa técnica vigente. ” O laudo detectou que é provável que o problema tenha ocorrido por conta da “flexibilidade exacerbada da estrutura, associada às elevações elevadas de trabalho.” Após analisar o cenário, o documento diz “todas as não conformidades especificadas serão solucionadas por meio de reforço e recuperação da estrutura.” Para decidir pela liberação do entorno, a empresa contratada destaca que atualmente o escoramento já feito, a manutenção do prédio no prumo, a normalidade dos fatores climáticos e geológicos na região, a realização de instruções seguindo as normas técnicas e que a circulação de veículos não interfere nas soluções de escoramento. Já sobre a desinterdição de Roma, o laudo recomenda “a continuidade do monitoramento e a execução imediata do projeto de reforço estrutural, que se encontra em fase final de elaboração, liberando a liberação segura e rápida para o retorno dos moradores.” No dia 30 de abril, os moradores que deixaram o edifício Roma e ficaram em hotéis foram transferidos para casas e apartamentos temporários enquanto o local passava pelas obras de reforço. Na ocasião, a construtora Turano informou por meio de nota que “está trabalhando para garantir uma transição tranquila, buscando acomodação com conforto a todos até que o edifício esteja pronto para seu retorno.” ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Grande Minas no WhatsApp Vídeos do Norte, Centro e Noroeste de MG Veja outras notícias da região em g1 Grande Minas.
Deixe o Seu Comentário