
O advogado-geral da União Jorge Messias divulgou nota elogiando o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP). A nota é desta segunda-feira (24). Messias é a indicação do presidente Lula (PT) para ocupar a vaga deixada no Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
Messias inicia uma nota se oferecendo ao “escrutínio constitucional” para a carga. Ele diz que, além de fazer o pedido na razão da indicação, o faz para “reconhecer e louvar o papel relevante que o presidente Alcolumbre tem cumprido como membro da Casa, que agora preside pela segunda vez, participando como autêntico líder do Congresso Nacional, atento aos elevados processos decisórios, em favor de nosso país.”
A atual AGU não era o nome de Alcolumbre para o Supremo. Alcolumbre atuou para colocar no posto o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Com isso, a relação entre os chefes do Executivo e do Legislativo estremeceu. O presidente do Senado, porém, se comprometeu com Lula a pautar normalmente a sabatina de Messias.
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Messias enfrentou resistência da oposição
O ministro é evangélico, mas é preterido pela direita, por ser considerado “mais petista do que evangélico”. Jorge Messias surgiu no cenário público como “Bessias”, após o vazamento de uma interceptação telefônica entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT). Lula recebeu de Dilma o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, a fim de levar seu caso ao STF. Jorge Messias foi citado como a pessoa que levaria o decreto de posse ao presidente. O ministro Gilmar Mendes, no entanto, barrou uma decisão.
Mesmo com o histórico entre Gilmar e Messias, o decano da Suprema Corte desejou sucesso na sabatina, pontuando que “à frente da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias demonstrou notável espírito público, pautando-se sempre pelo diálogo institucional com o Tribunal e pela firme defesa da democracia brasileira. Desejo-lhe sucesso na sabatina.”
Caso Jorge Messias seja aprovado pelo Senado, ele será o quarto dos cinco ministros de Lula na Primeira Turma (apenas Moraes, indicado por Temer, não está neste rol). O colegiado está desfalcado, após o ministro Luiz Fux pedir sua transferência para a Segunda Turma, órgão ocupado por Barroso antes de sua aposentadoria.











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