O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça e o advogado-geral da União Jorge Messias se abraçaram durante um culto na Assembleia de Deus no Brás, nesta sexta-feira (21). André Mendonça foi advogado-geral da União durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), sendo indicado ao STF logo em seguida. Ainda AGU, Messias foi indicado ao STF pelo presidente Lula (PT), mas ainda precisa passar pela sabatina no Senado Federal. Ambos são evangélicos.
Apesar do vínculo religioso, Messias tem sido apontado pela oposição como “mais petista do que evangélico”. A ligação com Lula e a menção em um telefonema entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) são apontadas como fatores que podem pesar no resultado final da sabatina. Na história brasileira, apenas cinco ministros foram rejeitados ao cargo, todos durante o governo de Floriano Peixoto (1891-1894).
Além disso, Messias também enfrentou resistência de grupos identitários. Em meio à pressão por uma mulher negra no Supremo, Lula escolheu o dia da consciência negra para anunciar que escolheu um homem branco para ir à sabatina. Uma publicação do Instituto Papo Reto lembrou que a Corte “permanecerá com maioria masculina até 2043, mesmo que todas as próximas encomendas sejam de mulheres.”
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Alcolumbre conversará com Lula antes de agendar sabatina
O abraço entre Mendonça e Messias vai ao encontro de bastidores que indica que o ministro atuaria em favor da aprovação do indicado no Senado. Logo após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, o AGU foi ao Planalto para uma reunião com Lula e líderes evangélicos.
Cabe agora ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), agendar a votação que pode aprovar ou rejeitar a indicação de Lula ao Supremo. Alcolumbre, porém, ainda quer conversar com Lula antes de tomar uma decisão sobre a data da sabatina.
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