O Ministério dos Direitos Humanos (MDH) apagou as notas publicadas em seu site e em suas redes sociais em defesa do ex-ministro Silvio Almeida, que foi retirado da carga após a repercussão de denúncias de assédio sexual.
De acordo com as denúncias, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vítimas do ex-ministro.
As notas em defesa de Silvio Almeida foram publicadas no dia 5 de setembro, quando o escândalo foi revelado.
As publicações do MDH trouxeram o posicionamento do ex-ministro sobre as denúncias e sobre uma divergência antiga entre a massa e a organização Eu também Brasil, que recebeu os relatos de assédio.
De acordo com o ex-ministro, as denúncias de assédio sexual seriam uma tentativa de interferência da ong Eu também Brasil nenhum processo de licitação para a gestão do Disque 100.
As denúncias, segundo afirmou a pasta ainda sob o comando de Silvio Almeida, tiveram origem em tentativas frustradas de processos de influência licitatórios após a separação da Ligue 180 em relação ao Ministério das Mulheres, no ano passado, quando a ong afirma ter recebido os relatos.
De acordo com o MDH, diante da identificação de um possível superfaturamento no processo de licitação, a Assessoria Especial de Controle Interno revisou o contrato, reduzindo o valor anual de R$ 80 milhões para R$ 56 milhões. Após essa alteração, a Me Too teria tentado novamente influenciar o processo, mas sem sucesso.
Lula escolheu deputado petista para comandar o MDH
Apesar da explicação, Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro na sexta-feira (6).
A decisão do presidente Lula (PT) ocorreu após uma reunião com o ministro e com Anielle Franco, da Igualdade Racial, que teria sido uma das vítimas.
Para ocupar o lugar de Silvio Almeida, o presidente Lula escolheu o deputado Macaé Evaristo (PT), que coleciona acusações de improbidade administrativa por superfaturamento em compras de material escolar quando atuou como secretária de Educação na prefeitura de Belo Horizonte e no governo estadual de Minas Gerais.
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