O presidente Lula se imagina como um grande mediador global, capaz de apaziguar guerras e reconciliar inimigos históricos.
Nesta semana, novamente, ficou patente que ninguém leva a sério essa pretensão do ex-sindicalista. A razão é simples. Lula tem um histórico de amizade e alinhamento com ditadores e tiranos que impedem de desempenhar o papel de julgado sério e imparcial.
Isso ficou claro nas palavras de Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana e recém-laureada com o Prêmio Nobel da Paz. Em entrevista, ela foi direta: “O povo da Venezuela jamais aceitaria uma mediação feita por Lula.”
Lula quer mediar a paz, mas é parte do problema na Venezuela
Assim, o presidente Lula não tem as condições mínimas de ser mediador do conflito entre EUA e Venezuela, pela simples razão de que é parte do problema. Apesar de posar de pacificador, o petista acumula uma longa lista de cumplicidades com o regime de Nicolás Maduro: silenciou-se diante da repressão, relativizou fraudes eleitorais e conquistou os herdeiros chavistas com honras em Brasília.
Uma reportagem de Omar Godoy, nesta Gazeta do Povo, elenca as 20 vezes que Lula cegou a ditadura de Maduro. A declaração mais recente ocorreu no congresso do PCdoB, em Brasília, na semana passada: “O povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem de dar palpite de como vai ser a Venezuela”.
O programa Ouça Essa analisa também, com ironia, o envio das brigadas do MST para “ajudar” o regime venezuelano, e as denúncias do ex-chefe de inteligência de Chávez sobre o uso de dinheiro do narcotráfico para financiar partidos de esquerda na América do Sul.
Como uma criança na sala de espelhos
Alheio a tudo isso, Lula se comporta como uma criança numa sala de espelhos de parque de diversões. É nanico diplomaticamente, mas no espelho se enxerga forte e gigante. Distribuí conselhos que não foram pedidos, achando que poderia conversar com Rússia, Ucrânia, Israel, Irã, Hamas e Estados Unidos como se estivessem numa mesa de bar. Maria Corina Machado, Nobel da Paz de 2025, pôs o dirigente petista no seu lugar: o lado errado da história.
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