Reportagem publicada neste domingo (10) pelo jornal O Estado de São Paulo aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria pensando em fazer mais acenos em busca de um contato maior com o público evangélico.
Entre as medidas, segundo o Estadão, haveria a possibilidade de entregar um ministério em uma futura reforma ministerial. Entre os nomes cotados, diz o jornal, estariam os da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
A escolha de uma das parlamentares evangélicas, além de buscar agradar a esse público, ainda faria um aceno ao público feminino.
Um dos ministérios que estaria na mira é o do Desenvolvimento Social, que abriga o programa Bolsa Família, uma vitrine do governo Lula. O atual ocupante da pasta é Wellington Dias, petista que é ex-governador do Piauí e senador licenciado.
No primeiro mandato de Lula, a atual deputada Benedita da Silva chegou a ocupar o cargo de ministério de Assistência e Promoção Social.
Lula vem tentando se aproximar do público evangélico
Nos últimos tempos, o governo Lula (PT) tem tentado, por mais de uma vez, fazer gestos que buscam aproximar-se dos evangélicos.
No mês passado, por exemplo, o presidente da República reuniu alguns representantes dos segmentos no Palácio do Planalto para um evento no qual sancionou o projeto de lei que estabelece o “Dia Nacional da Música Gospel”, a ser realizado anualmente em 9 de junho.
Entre os presentes, estavam representantes de igrejas evangélicas e figuras políticas, como os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ) e Benedita da Silva (PT-RJ).
No entanto, líderes evangélicos como os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) mostraram-se céticos quanto ao impacto dessas iniciativas. À época, Feliciano declarou que, apesar dos esforços, “a maioria da comunidade evangélica permanece distante das ideologias do Partido dos Trabalhadores (PT).”
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