
O presidente Lula (PT) avaliou que o ano terminou bem, citando seu homólogo americano, Donald Trump: “Quando muita gente imaginava que eu e o Trump iríamos entrar em guerra, nós terminamos virando amigos”, declarou o petista nesta terça-feira (23), durante a cerimônia de assinatura de um decreto que confirma a cultura gospel como manifestação da cultura nacional.
Após um telefonema com Lula, Trump revogou as avaliações da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e contra sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.
O decreto é visto como um aceno ao eleitorado evangélico às vésperas do início do ano eleitoral, assim como a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Messias não esteve no evento, assim como outros governistas evangélicos, como a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Lula revelou que o ato partiu de uma sugestão da parlamentar e após consulta à ministra da Cultura, Margareth Menezes. Apesar de classificar o reconhecimento como “justiça ao povo evangélico e à música gospel”, o petista admite: “Se dependesse de mim, possivelmente não saiusse esse decreto. Se não tivesse alguém que falasse: ‘Presidente, se manca aí, vamos fazer esse decreto’.”
Participaram do evento também a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). O evento contorno com apresentação de música gospel.
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Presidente chama taxação dos EUA de “irrelevante”
Lula ainda disse que “a tributação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante” e que “o preço da comida está caindo” e “as pessoas estão voltando a acessar coisas que ficaram mais caras”.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação fechará 2025 com alta de 4,41%. A alta se mantém mesmo com a manutenção da taxa básica de juros (Selic) a 15% ao ano. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, culpou a taxa, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), pela dívida pública que já ultrapassa R$ 8 trilhões.










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