O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um artigo que foi publicado em pelo menos nove jornais do exterior, na segunda-feira (13), no qual defende que a fome é uma “escolha política”.
O texto foi divulgado durante uma viagem oficial do petista à Itália, onde participou do Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
No artigo, Lula diz que a fome não é uma condição natural da humanidade, na verdade, “é fruto de escolhas de governos e de sistemas econômicos que optam por fechar os olhos para a desigualdade”.
A publicação, divulgada em diferentes jornais europeus, questiona que, enquanto a “ordem económica” nega a 673 milhões de pessoas o acesso à alimentação adequada, “permite a um seleto grupo de três mil bilionários deter 14,6% do PIB global”.
O texto assinado por Lula também critica as nações mais ricas por promoverem altos gastos militares registrados em 2024. “As nações mais ricas investiram o maior aumento de gastos militares desde a Guerra Fria, que chegaram a US$ 2,7 trilhões anuais”. Em contraste, segundo o presidente brasileiro, esses mesmos países não tiraram o papel do compromisso de investir 0,7% do PIB em ações concretas para promover o desenvolvimento de países pobres.
Como para resolver o problema da fome no mundo, Lula defendeu uma reforma dos mecanismos globais de governança. “Precisamos fortalecer o multilateralismo, criar fluxos de investimentos que promovam o desenvolvimento sustentável e garantam aos Estados a capacidade de implementação de políticas públicas consistentes de combate à fome e à pobreza”.
Ainda assim, o petista voltou a defender a “tributação dos super-ricos”, acrescentando que está “em vias de ser aprovado no Congresso brasileiro uma mudança substancial nas regras tributárias”.
O artigo foi publicado em pelo menos nove jornais internacionais, com destaque para países como Itália, Portugal, Reino Unido, França e Argentina.
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