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Lula comemora acordo de Assange com a Justiça dos EUA para sair da prisão

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou, na manhã desta terça (25), o acordo firmado entre o fundador do site Wikileaks, Julian Assange, e os Estados Unidos na ação que investigava o vazamento de informações do governo sobre as guerras no Iraque e Afeganistão, entre outros temas.

O acordo foi firmado na segunda (24) e vai permitir que Assange retorne à Austrália, onde tem nacionalidade. Ele estava detido em uma prisão em Londres desde 2019, após passar sete anos recluso na embaixada do Equador na capital inglesa.

Neste meio tempo, Lula se tornou um dos principais defensores de Assange, pedindo constantemente a liberação dele e criticando a falta de ativismo da imprensa, que teria se beneficiado dos dados vazados por ele sobre o governo americano.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua liberação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, disse Lula em uma rede social (veja aqui). O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente.

Em meados de maio, às vésperas do julgamento de extradição para os Estados Unidos, Lula disse que Assange sofria “perseguição” por parte da imprensa que, para ele, “deveria estar defendendo sua liberdade”.

“Julian Assange, o jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão”, disse.

No final de 2022, Lula encontrou a editora-chefe do WikiLeaks – o site criado por Assange para divulgar os documentos secretos –, Kristinn Hrafnsson, para defender o ativista e criticar a prisão. “Pedi para que enviessem minha solidariedade. Que Assange seja solto de sua injustiça prisão”, disse na época.

Assange enfrentou uma sentença de até 175 anos de prisão nos Estados Unidos por divulgar mais de 700 mil documentos fornecidos sobre atividades militares e diplomáticas americanas, incluindo um vídeo de 2007 mostrando civis sendo mortos por tiros de um presidente americano no Iraque.

Do outro lado do oceano, os Estados Unidos afirmaram que Assange e o WikiLeaks colocaram vidas em risco ao publicar documentos que revelavam nomes de fontes de inteligência.

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