Série do RJ2 sobre as câmeras corporais da PM mostra riscos e desvios de conduta. 'Lente de aumento': PM de fuzil atira contra bar e prende homem com pistola Desde segunda-feira (2), a série “Lente de aumento”, do RJ2, vem trazendo registros das câmeras corporais da PM fluminense, uma obrigação do estado desde 2022. As reportagens mostram, nas gravações, os riscos a que os policiais estão expostos e desvios de conduta. No 3º capítulo do especial, o flagrante de uma abordagem em Cabo Frio, na Região dos Lagos, em outubro de 2023. Um PM com fuzil atira para dentro de um bar (veja acima). Os frequentadores do bar ficam apavorados e tentam se proteger. Um homem está baleado e acaba preso por porte ilegal de arma. Há versões diferentes para o episódio. O que diz a PM “Adentramos à Avenida A, nos deparamos com esse cidadão na rua. Ele viu a viatura, adentrou o bar e apontou a arma pra gente”, narrou o militar. “No momento em que a gente fez os disparos, um dos tiros conseguiu acertar o braço que ele tava com a arma, então ele perdeu a arma, e aí ele se rendeu, se caiu no chão e se rendeu”, concluiu. O que diz o réu “Passou a viatura, me avistou, mas não me abordaram não. Foram direto, desceram mais à frente, já vieram atirando. Eu não tava com nada na mão, tava armado nem nada. Levantei a mão e peguei a atirar”, descreveu. O que as câmeras mostram A equipe da Polícia Militar reforçou a segurança num território de Cabo Frio disputado por facções rivais do tráfico de drogas. Passava da meia-noite quando a viatura para perto de um bar. O suspeito não aparece na imagem — está atrás do balcão. Nas gravações não é possível ver se ele sacou a arma nem se atirou. Um dos policiais desembarca e tira diversas vezes com o fuzil. O suspeito é atingido por um tiro de fuzil no braço e vem para a frente do bar, onde se rende deitando no chão, sangrando. Outros policiais o rendem. O PM que estava à frente grave do momento da apreensão de um carregador de pistola. Segundos depois, a arma foi encontrada no chão. O acusado foi condenado a quatro anos de prisão por porta ilegal de arma de fogo.
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