
Durante a leitura da acusação contra o núcleo 3, nesta terça-feira (11), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, leu mensagens trocadas entre as forças especiais do Exército, os chamados kids pretos. Durante a leitura, ele falou sobre uma reunião ocorrida entre os militares especiais, ocorrida no condomínio do coronel Márcio Nunes de Resende Júnior. De acordo com Gonet, os garotos pretos queriam “garantir” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assinasse um decreto instituindo um estado de exceção no Brasil.
Além disso, a acusação fala em convenção de militares de alta patente que ainda não foram aderidos ao suposto plano de golpe de Estado. A reunião teria ocorrido em 28 de novembro de 2022.
“O objetivo era coordenar ações para promover a coesão das forças armadas em torno do projeto da organização criminosa e garantir a assinatura do decreto golpista pelo presidente Jair Bolsonaro.”
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O núcleo 3 é composto pelos seguintes resultados:
- Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto;
- General da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
- Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
- Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior;
- tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira;
- Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo;
- Tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Mereiros;
- Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior;
- Agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares;
O policial Wladimir é acusado de ter se infiltrado na segurança do então candidato Lula, com o objetivo de matá-lo. O plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Lula teria sido redigido por Hélio Ferreira Lima.
No julgamento de hoje, Moraes leu seu relatório, ainda sem opinar sobre o caso. Agora, é a vez de Gonet apresentar sua acusação. Depois disso, os advogados têm uma hora cada um para apresentar suas sustentações orais. Só aí é que começam os votos, começando pelo relator. Caso os réus sejam condenados, começa uma nova etapa: a definição da dosimetria (tempo de prisão e valor de multas).










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