Acidente aéreo em 2021 matou o empresário Celso Silveira Mello Filho, sócio da Raízen, e sua família, além de piloto e copiloto. A FAB diz que 85% da apuração do caso foi realizada. Área onde o avião caiu, nas proximidades da Fatec, em Piracicaba Drone César Cocco A investigação sobre a queda do avião que matou sete pessoas, em Piracicaba (SP), em setembro de 2021, chegou a 85%, mas ainda sem esclarecimento sobre as causas do acidente. As fases de coleta de dados e análises foram concluídas e a apuração passou pela revisão e preparação do relatório final, segundas informações disponibilizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB). No relatório intermediário sobre a queda, o tipo de ocorrência é identificado como 'perda de controle em voo'. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba A queda ocorreu em uma área de mata no bairro Santa Rosa, logo após a aeronave decolar do Aeroporto Pedro Morganti com destino ao Pará. No avião estavam o empresário Celso Silveira Mello Filho, sócio da Raízen, e sua família, além de piloto e copiloto. O avião pegou fogo e ficou completamente destruído. Em setembro de 2023, dois anos depois do acidente aéreo, o relatório do Cenipa apontava que a investigação sobre a queda estava em 70%. O g1 consultou o Cenipa, nesta sexta-feira (13), sobre o que falta ser feito para a conclusão da investigação, se há uma previsão de prazo para término dos trabalhos, se a apuração chegou na fase final e quais são as conclusões até agora. Em nota, o órgão informado que a investigação está em andamento. “A conclusão desta investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes. Quando concluído, o Relatório Final será publicado no site do CENIPA, disponível a toda sociedade. O O Cenipa reafirma seu compromisso de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”, afirmou o trecho do documento enviado ao g1. Análise dos destroços A análise dos destroços da aeronave foi encerrada em julho do ano passado, segundo o Cenipa. No início de setembro, quando o acidente completou dois anos, 55% da investigação tinha sido desenvolvida. LEIA MAIS: Queda do avião ocorreu 15 segundos após descolagem Quem são os 7 mortos no acidente de avião em Piracicaba Vídeo mostra desespero de pessoas ao ver queda de avião 'A gente não acreditou no que estava vendendo', conta testemunha No entanto, em relação A essas perguntas, o órgão informou apenas que “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”. No Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), painel onde as informações dos trabalhos são divulgadas, é informado que estão sendo examinadas questões de segurança relativas à operação, sistema, componente, manutenção e reparos da aeronave. Avião caiu no bairro Santa Rosa, próximo à Fatec Piracicaba PAULO RICARDO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Aeronave destruída O sistema da Aeronáutica também aponta que a aeronave está destruída, como foi possível observar em imagens do acidente, que causou uma explosão e um incêndio no local. Segundo a FAB, a classificação como “destruída” significa que esses danos sofridos inviáveis serão recuperados para voo, mas isso não representa, necessariamente, o grau de dificuldade para análises de seus destruídos. Essa purificação tem como objetivo prevenir que novos acidentes com características semelhantes aconteçam. Ao final dos trabalhos, o Órgão emite uma recomendação de segurança, o que não foi feito neste caso até agora. Câmera de segurança flag queda de avião em Piracicaba Reprodução/ EPTV Câmeras de monitoramento A Prefeitura de Piracicaba realizou uma licitação para compra e instalação de quatro câmeras de monitoramento para o Aeroporto Comendador Pedro Morganti. A medida foi adotada pela administração do espaço como forma de segurança, para monitoramento de voos no entorno do terminal, e foi anunciada dias após completar um ano da queda do avião que matou sete pessoas. Com os equipamentos, será possível registrar eventuais problemas em aeronaves e subsidiar investigações sobre acidentes e outras ocorrências no espaço aéreo das imediações, por meio da cessão das imagens. Quem são as vítimas do acidente aéreo em Piracicaba Reprodução/ TV Globo entenda o que ocorreu ponto a ponto No dia 14 de setembro, o empresário Celso Silveira Mello Filho, sua esposa, três filhos, piloto e copiloto partiram pouco antes das 9h do Aeroporto de Piracicaba. A viagem teria como destino o Pará, para uma fazenda da família, onde passariam uma semana. O avião caiu 15 segundos após a descolagem, em uma área de mata próxima à Faculdade de Tecnologia (Fatec) da cidade. O Corpo de Bombeiros foi acionado e nenhum local encontrou sete vítimas já mortas, carbonizadas. O Cenipa e a Polícia Civil foram acionados para realizar as investigações sobre a causa do acidente. No local, as equipes localizaram a caixa preta do avião, onde o histórico de voo está armazenado, que será comprovado. Destruições do avião também foram recolhidas para a purificação do Cenipa. De acordo com a FAB, a documentação e manutenção da aeronave estavam em dia. O avião foi fabricado em 2019 e é considerado de alta qualidade por especialista. A última manutenção foi realizada em 23 de agosto. O retorno da oficina ocorreu em 13 de setembro. Quase seis horas após o acidente, os destroços foram retirados do local. Os corpos passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML). Acidente aéreo mata sete pessoas em Piracicaba VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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