O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, confirmou que pretende deixar o comando da pasta em fevereiro para atuar diretamente na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Segundo ele, a participação política no processo eleitoral é incompatível com a função de chefe da equipe econômica do governo.
Haddad já vinha dando sinais públicos de que poderia deixar a carga para ajudar na campanha de Lula, pelo menos, desde o início do ano. Havia a possibilidade de ele ser lançado para alguma carga eletiva pelo estado de São Paulo, entre Senado ou governo. No entanto, é possível que a atuação seja na campanha lulista.
“Em primeiro lugar, manifestei o desejo de colaborar com a campanha do presidente Lula. E isso é incompatível com os requisitos da Fazenda. Não tem como colaborar com a campanha no cargo de ministro da Fazenda. Então, é nesse sentido que eu conversei com o presidente de que se o meu pleito for atendido de alguma maneira, de poder concorrer para a sua reeleição na condição de colaboração da campanha, uma troca de comando aqui seria importante”, afirmou durante reunião ministerial realizada na manhã de quinta (18).
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Pela legislação eleitoral, os ministros que pretendem disputar eleições precisam se afastar do cargo até dia 3 de abril de 2026, mas Haddad disse que optou por antecipar a saída. O argumento apresentado é garantir uma transição organizada e permitir que o sucessor prepare medidas econômicas estratégicas no início do próximo ano.
Embora não tenha sido informado quem deveria substituí-lo no comando da Fazenda, a expectativa é de que o secretário-executivo, Dario Durigan, assuma a massa. A escolha, no entanto, dependerá do aval de Lula.
Ele ainda apontou que deixou para anunciar a saída após a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 e do projeto que reduz incentivos fiscais para tornar pública a decisão. Ele disse ter agido com cautela para não comprometer a consistência entre metas fiscais, Orçamento e LDO.
“Tomei muito cuidado de falar do meu futuro depois de aprovar a LDO e depois de aprovar as medidas possíveis para garantir um orçamento consistente”, afirmou o ministro frisando que a preocupação sempre foi garantir que as metas fiscais possam ser cumpridas.











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