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Guerra do narcotráfico provoca saída em massa de população no México


O estado de Chiapas é uma das principais rotas de imigração ilegal e de produção de drogas do México| Foto: EFE/ Carlos López

Os cartéis de Sinaloa e Jalisco New Generation (CJNG), duas grandes organizações criminosas em atuação no mercado internacional de drogas, entraram em uma guerra direta, nos últimos dias, que provocou o êxodo de centenas de cidadãos da região de Chiapas, um dos grandes centros de produção e distribuição de entorpecentes no México.

De acordo com a agência Reuters, a escalada de violência entre os dois grupos causou a morte de dezenas de pessoas, nas últimas semanas, levando mais de 700 pessoas a deixarem suas casas no estado.

As comunidades de Chicomuselo e La Concordia relataram à agência que foram surpreendidas com a troca de ataques entre os cartéis. Moradores da primeira localidade afirmaram que, somente no dia 4 de janeiro, um sangrento confronto tomou suas ruas, deixando um saldo de 20 pessoas mortas, entre elas 18 membros das gangues e dois civis.

Chiapas é um estado estrategicamente escolhido pelas organizações criminosas por ser um dos mais pobres do México e estar localizado perto da fronteira com a Guatemala, um caminho visado para a exportação ilegal de drogas e saída de imigrantes ilegais rumo aos Estados Unidos.

O país possui um dos índices mais altos de violência da América Latina. Dados oficiais apontam que os índices de homicídio mais do que triplicaram nos anos recentes. Um ranking elaborado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal, em 2022, mostrou que a cidade com mais insegurança no mundo é Colima, no México, com uma taxa de 181,94 mortes violentas por 100 mil habitantes. Atualmente, estima-se que cerca de 200 grupos armados atuem em todo o território mexicano.

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