Apelidado de Café, o felino passou oito meses em tratamento contra a esporotricose, uma infecção grave que causa ferimentos em humanos e animais. Gato Café durante e depois do tratamento de esporotricose em Santos (SP) Initial plugin text Depois de ficar entre a vida e a morte nas ruas de Santos, no litoral de São Paulo, um gato pode finalmente celebrar um final feliz após oito meses de tratamento contra a esporotricose, uma infecção grave que causa lesões em humanos e animais. A publicitária Ágatha Neves, de 44 anos, foi a responsável pelo resgate e acabou se apaixonando. Ela adotou o animal e o apelidou de Café. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. A história entre Ágatha e Café começou quando uma amiga dela publicou nas redes sociais sobre um gato ferido no bairro Aparecida, em janeiro deste ano. Ao g1, a publicitária disse que não conseguia parar de pensar no animal e, então, decidiu resgatá-lo no dia seguinte com ajuda de amigos. Uma caixa de transporte e petiscos foram suficientes para cumprir a missão. “Ele estava prestes a morrer, cheirava a podre, tadinho […]. O gato estava muito ferido. O rosto dele tinha feridas profundas, principalmente o lado direito, que estava derretendo, literalmente. A pele caiu, muito feia a situação”, lembrou ela. Fotos do gato Café quando foi resgatado em Santos (SP) Arquivo pessoal A publicitária levou o felino ao Hospital Veterinário Viva Bicho, também na cidade, e foi descoberto ao ser informado de que, a partir do resgate, havia se tornado responsável por ele. Desta forma, Ágatha teria que assumir as despesas financeiras e, caso o deixasse no local, responderia criminalmente por abandono de animal. , quando ela preencheu uma ficha para a internação do animal. A publicitária associada ao cor do felino à bebida. Tratamento Prestes a enfrentar altos custos para o tratamento do animal, Ágatha fez uma campanha chamada “#NaoDeixeOCafeEsfriar”, com o objetivo de arrecadar fundos. e chamar a atenção dos tutores para a esporotricose. Neste meio tempo, Café foi transferido para o Instituto Miaumigos do Nino, especializado no tratamento da doença, em São Paulo. veterinária por sete meses. Segundo a tutora, o tratamento nas duas unidades veterinárias ficou em R$ 4.255. Ela pagou R$ 1,6 mil, enquanto o restante foi custeado por meio da campanha nas redes sociais. Ágatha prestou todas as contas aos seguidores do perfil de Café e, desde então, usa o espaço para mostrar a evolução dele. Gato Café em novo lar após tratamento de esporotricose em Santos (SP) Arquivo pessoal Novo lar Café foi adotado pela publicitária logo após receber alta. “[No momento do resgate,] eu não estava pensando no futuro, só queria cuidar dele. Mas fui me apegando […]. De certa forma, ele que me mudou, com aquele olharzinho assustado, carente e pedinte de amor”, disse ela. A publicitária tem uma outra gatinha, a Amora, de dois anos e meio. Ela conto que está fazendo a adaptação de Café aos apenas para que ele não fique assustado. A própria Ágatha só conseguiu encostá-lo uma vez “É uma experiência muito realizada e transformadora salvar a vida de um ser. Não tem preço saber que, mesmo que ele ainda esteja desconfiado, está livre das ruas e dos perigos. Está curado, sem dores e se alimentado em um ambiente limpo e tranquilo”, finalizou ela. Entenda a doença Quando o gato Thor dilacerou o braço da tutora enquanto ela servia comida em São Vicente (SP), o médico veterinário Artur Pereira disse ao g1 que a esporotricose é uma infecção causada pelo fungo Sporothrix schenckii “É uma doença grave e deve ter acompanhamento médico”, disse o especialista. para úlceras graves, como aconteceu com Café, e afeta órgãos internos. Em pessoas, as feridas na pele podem se agravar se não forem tratadas O tratamento exige o uso prolongado de antifúngicos por 3 a 6 meses. prevenir a propagação da doença VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos.
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