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Fuga de detenções: o que se sabe e o que falta é claro sobre a invasão do presídio na Bahia

Fuga de detenções: o que se sabe e o que falta é claro sobre a invasão do presídio na Bahia

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Ação culminou na fuga de 16 internos do Conjunto Penal de Eunápoliis, no extremo sul do estado; eles seguem foragidos. As investigações apontam que o objetivo do grupo era libertar chefe de facção. Mais de dez presos fogem do Conjunto Penal de Eunápolis Uma invasão ao Conjunto Penal de Eunápolis culminou na fuga de 16 detentos do presídio no extremo sul da Bahia. Até a manhã de sábado (14), nenhum dos homens havia sido recapturado. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) do estado, esta foi a primeira vez que um presídio baiano foi invadido desse modo. Na ação, oito homens trocaram tiros com agentes de segurança e facilitaram a fuga dos internos, segundo as investigações. O objetivo do grupo era libertar Edinaldo Pereira Souza, o “Dadá”, apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 foragidos também integram a organização, segundo a polícia. Após a fuga, diretores e coordenador da unidade penal foram afastados e a Seap determinou intervenção de 30 dias no local. HISTÓRICO DE FUGAS: Pelo menos 32 detentos fugiram de presídios na BA nos últimos 2 anos; maior fuga envolve 16 suspeitos Confira abaixo o que se sabe e o que há falta de informações detalhadas sobre a fuga Como os suspeitos invadiram o presídio? Como os interiores saíram do presídio? Quem são os fugitivos? Quem é Dada, o suposto líder da facção? Quem são os invasores do Presídio? Como as buscas são feitas? Quais medidas foram tomadas pela Seap? Quais as condições do presídio? Como os suspeitos invadiram o presídio? A fuga ocorreu por volta das 23h, quando oito indivíduos chegaram ao local a bordo de um veículo. A TV Bahia apurou que os invasores dispararam tiros contra as muralhas e torres de vigilância, cortaram parte da cerca metálica com um alicate e acessaram uma das torres próximas ao canil e à horta. Veja, abaixo, uma simulação de como teriam ocorrido a invasão: Simulação mostra como violações feitas para resgatar 16 detentos de presídio na Bahia Durante a ação, os homens mataram um cão de guarda do presídio e abandonaram um fuzil calibre 5.56 — fabricado nos Estados Unidos e sem numeração aparente — no local. Dois carregadores com 57 cartuchos intactos também foram encontrados. Como os interiores saíram do presídio? Os fugitivos estavam no pavilhão B do Conjunto Penal. Eles ganharam uma “teresa” — tipo de corda artesanal formada por lençóis — para fugir pela lateral do alambrado. Em entrevista ao vivo no Bahia Meio Dia e, depois, por telefone com o g1, o coronel Luís Alberto Paraíso explicou que foram “duas ações simultâneas”. De acordo com o PM, comandante do Policiamento da Região Sul, as internas perfuraram o teto de uma cela para fugir. “O grupo criminoso veio de fora do presídio, cortou a grade e começou a atirar nas guaritas. Essa troca de tiro sustentou a fuga dos elementos que desceram por cordas e fugiram pelo matagal”. Coronel da Polícia Militar da Bahia comenta fuga de presos no interior do estado Essas informações não foram divulgadas pela Seap. Em nota, a pasta disse que “um grupo de homens fortemente armados invadiu o Conjunto Penal de Eunápolis e, após intensa troca de tiros com a segurança da unidade, abriram duas celas e 16 internos dirigidos a fugir”. A secretaria disse ainda que a Reviver, empresa que atua na segurança do local, acionou a polícia, mas não houve tempo hábil para impedir a fuga. Quem são os fugitivos? Detentos que fugiram da penitenciária da Bahia. Reprodução/Seap As identidades dos 16 fugitivos foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização. São eles: Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá (chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis) Sirlon Risério Dias Silva, conhecido como Saguin (sub líder da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis) Rubens Lourenço dos Santos, conhecido como Binho Zoião (da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis) Altieri Amaral de Araújo, conhecido como Leleu (sub líder da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis) Mateus de Amaral Oliveira Geifson de Jesus Souza Anderson de Oliveira Lima Anailton Souza Santos Fernandes Pereira Queiroz Giliard da Silva Moura Valtinei dos Santos Lima Romildo Pereira dos Santos Thiago Almeida Ribeiro Idário Silva Dias Isaac Silva Ferreira William Ferreira Miranda Todos são apontados como membros da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis, com atuação também em outras cidades do sul e extremo sul da Bahia como Itabuna, Catu e Santa Cruz Cabrália, além de outros estados, como o Espírito Santo. Quem é Dadá o suposto líder da facção? Edinaldo Pereira Souza, conhecido como “Dadá” Seap Edinaldo Pereira Souza, o “Dadá”, é apontado como líder do grupo. O objetivo da ação criminosa era libertar o homem, que respondia por crimes como tráfico de drogas, homicídio qualificado, associação criminosa e roubo majorado. Quem são os invasores do Presídio? Pelo menos dois homens suspeitos de auxiliares nas fugas dos detentos já foram localizados. Um deles foi detido na manhã desta sexta. De acordo com a Polícia Civil, o homem confessou a participação no crime durante o interrogatório. Ele afirmou ter recebido um fuzil para usar na operação. Ao devolver o armamento, ele ganharia R$ 5 mil pelo serviço. Ainda pela manhã, um segundo suspeito morreu em confronto com policiais civis. O homem foi identificado como Jaione de Souza, de 33 anos, conformado pela TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia na região. Como as buscas são feitas? A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) se manifestou por meio de nota, ressaltando que as forças policiais atuam de forma integrada com a Seap, com o objetivo de recapturar os fugitivos. O coronel Luís Alberto Paraíso, comandante do Policiamento da Região Sul, disse que uma corporação intensificou as buscas na região. Ao longo da tarde de sexta, os agentes fizeram uma vistoria no presídio. Imagens das câmeras de segurança da unidade prisional foram repassadas à Polícia Civil, que conduzem às investigações. Quais medidas foram tomadas pela Seap? Na madrugada de sábado (14), o secretário da Seap, José Castro, informou que a diretora, o diretor adjunto e o coordenador de segurança do conjunto penal foram afastados de suas respectivas cargas por 30 dias. Durante o afastamento da diretora, o policial penal Jorge Magno Alves Pinto assumiu a carga. Os outros dois também foram postos ocupados temporariamente por policiais penais que não tiveram os nomes divulgados. Além disso, a Seap determinou intervenção administrativa na unidade por 30 dias. O prazo pode ser prorrogado por mais um mês, caso seja necessário. O objetivo das medidas é garantir a imparcialidade nas investigações. Também foi instaurada uma sindicância para apurar a invasão seguida de fuga. Quais as condições do presídio? Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia Taisa Moura/TVSC Antes da fuga dos detentos, o Conjunto Penal de Eunápolis abrigava 570 homens, dos quais: 269 eram presos provisórios; 237 cumpriram pena em regime fechado; 58 cumpriram pena em regime semiaberto interno; 6 cumpriam pena em regime semiaberto com trabalho externo. O número supera a capacidade máxima do espaço: 457 internos. Em nota enviada à imprensa, a Seap disse que, de janeiro de 2023 a dezembro deste ano, investiu R$ 16.777.000,00 em manutenções prediais e de instalações de segurança nas diversas unidades prisionais do estado, incluindo o presídio de Eunápolis. Mapa mostra onde foi a fuga de detenções no Sul da Bahia Arte g1 Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

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