O ministro do STF Flávio Dino decidiu não ficar à sombra de Alexandre de Moraes nos debates sobre os grandes temas da República. Se Moraes pode mandar e desmandar, porque não poderia ele fazer o mesmo, já que veste a mesma capa-preta com supostos superpoderes judiciais?
Foi com essa disposição de também dar as cartas na vida nacional que Dino, nesta semana, baixou ordens diretas ao Poder Executivo e deu prazos para seu cumprimento.
O motivo da “intervenção branca” de Dino foi o descontrole das queimadas no país. Ele sentenciou: “Doravante, fica incumbido da obrigação da União de manter-se eficaz e integral combate à frente de fogo, imediatamente após sua identificação”. A lista de obrigações é enorme, e tem prazos que variam entre 5 e 90 dias para serem cumpridas. Por um momento, é Flávio Dino que faz sombra a Alexandre de Moraes no papel de “imperador judicial do Brasil”. E ainda causa constrangimento público a Lula, que o colocou no STF.
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