O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência, disse que o ex-ministro da Economia Paulo Guedes “é um conselheiro importante”. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, ressalvou que isso não significa necessariamente que Guedes seja novamente o ministro ou que fique responsável pela parte econômica do plano de governo.
A declaração prestada em entrevista à Folha de São Paulo divulgado nesta segunda-feira (8). Mesmo sem Guedes na Esplanada, o senador diz que o foco seria a continuidade do projeto do economista, fustigado, de acordo com ele, pela pandemia. A prioridade, nesse sentido, seria definir um teto para a relação entre dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB).
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Conversa com Tarcísio terminou com apoio, diz senador
A entrevista ocorre em meio à busca de Flávio por líderes partidários, em busca de apoio. Uma dessas buscas é pelo PP, o senador Ciro Nogueira (PI), que segue defendendo o nome do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Flávio disse que é amigo de Ciro, e que tem certeza de que ele está utilizando pesquisas antigas. “Acho que não há um cenário de eu ser candidato e ele ser. Seria uma ignorância muito grande, e ignorante é tudo o que o Tarcísio não é”, complementa o senador, que já foi filiado aos Republicanos.
Quanto ao próprio Tarcísio, o pré-candidato disse que foi sua primeira conversa desde que Bolsonaro tomou sua decisão. De acordo com Flávio, Tarcísio deu “todo o apoio” e a conversa foi “maravilhosa, franca, olho no olho”.
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Flávio quer ser “um Bolsonaro centrado”
Flávio também disse ter um estilo diferente de seu pai: “Todo mundo que tentou ser igual a Bolsonaro se deu mal. Bolsonaro é inigualável. Ele é a minha referência. Só que se eu tentar ser igual a ele, não vou estar sendo eu.” Como exemplo, o senador falou das vacinas contra a Covid-19: “Ele não quis tomar vacina; eu tomei duas doses. Só para te dar um pequeno exemplo de que vocês verão um Bolsonaro centrado, equilibrado e que tenha algumas opiniões próprias.”
O senador esclarece que possui os mesmos princípios de seu pai, mas pontua: “nenhum ser humano é igual ao outro”. A declaração ocorreu ao ser questionada sobre a ocorrência do mercado. Após dizer que tinha um “preço” para desistir de sua candidatura, indicadores como o Ibovespa e o dólar reagiram mal. Flávio explica: “joguei com as palavras para falar de preço, mas a condição é: Bolsonaro tem que estar livre e nas urnas.”
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