A Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, abriu escolas municipais neste domingo (19) para receber desabrigadas em razão das famílias fortes chuvas. O município decretou estado de calamidade pública após mais de 600 mm de chuva em 24 horas, que inundaram casas, interditaram rodovias e provocaram emoções.
Na cidade vizinha de Ubatuba, uma criança de 7 anos morreu vítima de umas calças.
O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), disse ter ouvido relatos de que há vítimas fatais em ocorrências causadas por chuvas desta noite no município. “Infelizmente chegaram relatos de óbitos, mas a gente ainda não conseguiu confirmar toda a dimensão. Temos muitos bairros isolados, Barra do Sahy, Toque-Toque, Maresias. Não há como chegar por terra, porque os acessos estão bloqueados, nem pelo mar ou pelo ar, devido ao mau tempo. Fiz um sobrevoo esta manhã, mas não consegui passar de Maresias”, disse.
Segundo o prefeito, muitas ocorrências ainda estão em andamento. “Estamos com as equipes da Defesa Civil em campo, pois ficamos presas entre as calças. Ainda estamos sem informações de muitos bairros. Estamos com toda a nossa estrutura mobilizada. A situação é muito crítica”, afirmou.
Conforme a Defesa Civil, choveu 190 mm em algumas regiões do litoral norte nas últimas 12 horas e 250 mm no acumulado de um dia. Em Ilhabela, choveu 226 mm em poucas horas e o temporal arrastou carros e alagou até o interior das pousadas.
O transporte público entre Barra Velha e Borrifos foi suspenso, devido a erosões nas vias de acesso. O abastecimento de água na cidade está interrompido.
Em Santos, na Baixada Santista, uma chuva alagou ruas inteiras e invadiu as casas. A ponte Edgar Perdigão, onde os passageiros tomam as balsas para o Guarujá, foi invadida pela ressaca do mar. A travessia de barcas chegou a ser suspensa. A maré alta invadiu a praia. O Carnaval, no Centro Histórico de Santos, foi interrompido. Houve alagamentos também em São Vicente e Praia Grande.
Chuva deixa cenário caótico em regiões de São Paulo