
A construção de uma avenida na Amazônia, em Belém (PA), virou um escândalo internacional após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fazer duras críticas. A obra, criada para melhorar o trânsito, causa desmatamento e expõe contradições do Brasil em meio a COP 30, a conferência do clima da ONU.
O que é essa obra e por que ela é tão controversa?
É a Avenida da Liberdade, um projeto de R$ 150 milhões para ligar o centro de Belém a municípios vizinhos e reduzir o tempo de viagem. A polêmica existe porque a via corta uma área de floresta amazônica, com igarapés e zonas de proteção. Para os críticos, é uma grande contradição que o Brasil, hospedado pela COP 30, realize uma obra que desmata um ecossistema sensível enquanto prega a preservação ambiental para o mundo.
O que Donald Trump disse sobre o projeto?
Ele chamou a obra de “um grande escândalo ambiental”. Em sua rede social, a Verdade Social, acusou o governo brasileiro de devastar a Floresta Amazônica para construir uma rodovia para “ambientalistas circulares”. Embora Trump não seja conhecido por defender a pauta ambiental, seu comentário ganhou força por apontar uma aparente hipocrisia nas ações do governo brasileiro às vésperas da cúpula do clima.
Como o governo do Pará se defende das acusações?
O governador Helder Barbalho (MDB) rebateu as críticas, afirmando que o traçado da avenida segue uma faixa onde o vegetação já havia sido suprimida para a passagem de um linhão de energia. Segundo ele, o projeto foi modificado em 30% a supressão de vegetação prevista no plano original e inclui 34 passagens para a fauna local. Barbalho também provocou Trump, apontando que ele deveria investir para salvar florestas em vez de apenas criticar.
Qual é o real impacto ambiental da obra?
O governo não divulgou dados exatos sobre a área desmatada. No entanto, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto aponta que a avenida afeta mais de 1.500 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs), que, pela legislação brasileira, deveriam ser protegidas. O projeto também é alvo de uma ação na Justiça movida pela Defensoria Pública do Pará, que alega que uma comunidade tradicional ribeirinha está sendo diretamente impactada.
A avenida tem ligação direta com as obras da COP 30?
Oficialmente, não. Tanto o governo do Pará quanto a Secretaria Extraordinária para a COP 30 negam a relação. Contudo, o cronograma da obra foi acelerado para coincidir com os preparativos do evento, e um dos prazos de entrega chegou a ser anunciado para um mês antes da conferência. A pressa para concluir a avenida levanta suspeitas sobre se ela não serviria, também, para facilitar a logística durante a cúpula do clima.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
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