
No momento em que os Estados Unidos intensificaram a guerra aos cartéis de drogas e afundaram barcos carregados de cocaína no Caribe, o presidente brasileiro pediu “cuidado” com os traficantes. E diz que é preciso proteger os usuários, de quem os traficantes seriam vítimas.
O contraste não poderia ser maior. Nos EUA, o presidente Donald Trump e seu secretário de Guerra, Pete Hegseth, definiram o enfrentamento ao narcotráfico como uma extensão da guerra ao terrorismo: “Vamos caçá-los e matá-los onde quer que estejam”. Aqui, Luiz Inácio Lula da Silva prefere falar empatia. Para o petista, os traficantes são “vítimas dos usuários” e não seus algozes.
Não se trata apenas de questionar a opção militar mais radical dos EUA no combate ao tráfico, que envolve a execução sumária dos suspeitos, sem levá-los à Justiça por meio de devido processo legal. O que Lula propõe é o outro extremo: em vez de tolerância zero, tolerância ilimitada. A inversão moral do discurso progressista brasileiro chega ao ponto de culpar a sociedade, e não o crime, pela violência do tráfico. Um velho discurso petista. O bandido é visto como produto da desigualdade, e não como autor de suas escolhas.
Discurso de traficantes como vítimas rende votos em redutos de criminosos
Não à toa, nos eleitorais de presos provisórios em 2022, Lula venceu com folga: obteve mais de 80% dos votos. Nesse colégio eleitoral, dos condenados, ele reina absoluta.
Enquanto Trump comemora a queda drástica do tráfico marítimo após autorizar a destruição de embarcações suspeitas, o governo brasileiro discute desencarceramento e acolhimento. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, fala em tratar o tema como questão de saúde pública. O Supremo, por sua vez, restringe as operações policiais nas favelas — decisão que, na prática, deu mais espaço ao domínio do crime. E o resultado é visível: comunidades sitiadas, famílias reféns e uma sensação de impunidade crescente.
A política de Trump de destruição de traficantes sem levá-los a julgamento, de fato, é controversa e questionável sob vários aspectos. Mas tratar o traficante como coitadinho, como faz Lula, pode ser tão, ou mais perigoso, que o transforme em alvo de bombas. O coitadismo petista, em voga há tantos anos no país, cobra seu preço na forma de comunidades inteiras dominadas por facções e aprisionadas pelo tráfico. Os traficantes semeia morte e destruição entre jovens e suas famílias. Tadinhos, diz Lula, são apenas vítimas.











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