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Em pedido de reconsideração na Justiça, gravadora de Adele alega que não houve plágio da música de Toninho Geraes: 'Uso de clichês musicais comuns'

Em pedido de reconsideração na Justiça, gravadora de Adele alega que não houve plágio da música de Toninho Geraes: 'Uso de clichês musicais comuns'

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A gravadora ainda argumenta que a suspensão da música causa prejuízos “irreparáveis” aos réus, incluindo a cantora e a gravadora, e pede que a decisão seja suspensa até avaliação da vara responsável pelo caso. 'Mulheres' x 'Million years ago': veja comparação entre canções de Geraes e Adele Um dia após a publicação da decisão que pediu a suspensão das reproduções da música “Million Years Ago”, da cantora britânica Adele, por considerará-la plágio da a canção “Mulheres”, de Toninho Geraes, gravadora da Universal Music, fez um pedido de reconsideração do caso na Justiça do Rio. Nos seus argumentos, os advogados da empresa afirmaram que não houve plágio, mas sim o “uso de clichês musicais comuns”. Toninho Geraes Reprodução / Facebook Toninho Geraes Especialistas são citados pela gravadora para argumentar que, na realidade, as duas canções utilizam a progressão de acordes do círculo de quintas, que é uma sequência harmônica conhecida e muito utilizada no mundo da música. Adele Jornal Nacional/ Reprodução Mulheres' x 'Million years ago': entenda acusação de compositor de Martinho da Vila contra Adele A gravadora ainda argumenta que a suspensão da música causa prejuízos “irreparáveis” aos réus, incluindo a cantora e a gravadora, quanto à liberdade d expressão artística, além do prejuízo financeiro e de comissão. Além disso, segundo a Universal, não há urgência na decisão tomada pela 6ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, já que a música de Adele foi lançada há quase 10 anos, em 2015. Danos morais Justiça considera que a música da britância Adele plageou uma canção interpretada por Martinho da Vila A indenização pedida por Toninho Geraes é de R$ 1 milhão a título de danos morais. Além disso, ele solicita o pagamento de perdas e danos, bem como de todos os valores de direitos autorais devidos desde o lançamento da música “Million Years Ago” em novembro de 2015, corrigidos monetariamente e com juros de mora. A decisão solicita a apresentação de testes robustos, como sobreposição melódica, análises técnicas das ondas sonoras (waveforms) e aparências de especialistas, além do juízo pessoal do magistrado ao ouvir as duas músicas e observar semelhanças relevantes. Destacou-se também a ausência de resposta concreta dos réus às notificações extrajudiciais enviadas anteriormente pelo autor. Justiça do Rio considera que Adele plagiou música interpretada por Martinho da Vila e determinou retirada das plataformas digitais Jornal Nacional/ Reprodução “A decisão é inédita e histórica para a Música Brasileira, pois pela primeira vez é concedida uma medida inibitória de tamanha efetividade no início de um processo de plágio de uma obra original, pátria de uma celebridade estrangeira”, diz o advogado de Toninho, Fredímio Trotta. “Ela vale para 181 países, assim como o Brasil, que são signatários da Convenção de Berna, Tratado Internacional celebrado globalmente para garantir a proteção das obras originais artísticas, literárias e científicas, à qual o nosso País aderiu recentemente”, acrescentou. Na decisão, o juiz determinou ainda a citação dos réus para apresentarem defesa, incluindo o envio de cartas rogatórias para os réus estrangeiros. Além disso, abriu-se a possibilidade de mediação, caso as partes manifestassem interesse em uma solução consensual. O magistrado reforçou a aplicação da Convenção de Berna, à qual o Brasil é signatário, como garantia de proteção aos direitos autorais. A liminar da Justiça proibindo a execução da música já está valendo, mas a multa só vai incidir a partir do momento em que as plataformas digitais forem notificadas. Os advogados do compositor disseram que monitorarão os sites e aplicativos.

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