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TSE suspende novas propagandas eleitorais de Lula e de Bolsonaro

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Foto: Montagem de fotos: Reprodução/Twitter/LulaOficial e Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

O Tribunal Superior Eleitoral barrou novas propagandas eleitorais de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se enfrentam pela cadeira do Palácio do Planalto.

A ministra Maria Isabel Gallotti determinou a suspensão de uma propaganda de Bolsonaro em que ele acusa o ex-presidente Lula de ser “corrupto, ladrão e orquestrador do maior esquema de corrupção do país”.

Na decisão, a magistrada cita três precedentes da própria corte eleitoral que impedem que a campanha de Bolsonaro use esses argumentos relacionados a corrupção contra Lula.

No dia 10 de outubro, o TSE decidiu por unanimidade que essas acusações ferem a legislação eleitoral e a regra de tratamento fundamentada na garantia constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.

A ministra também determinou que o presidente não poderá repetir as acusações e ofensas. Ela também negou o direito de resposta a Lula.

A ministra Gallotti também tomou outra decisão contra a campanha de Lula, determinando a suspensão do conteúdo que associa Bolsonaro ao crime de pedofilia, usando como base um episódio em que Bolsonaro disse que “pintou um clima” com meninas venezuelanas de 14 e 15 anos de idade durante um passeio de moto no ano passado. A ministra avaliou que a propaganda tem falas descontextualizadas.

A propaganda do PT ainda também teria elementos fora de contexto sobre a defesa do armamento.

Segundo a campanha de Bolsonaro, a propaganda de Lula se vale do subterfúgio para fazer menção ao caso que já não pode mais ser usado em propagandas, por conta de uma decisão do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes.

Gallotti ainda ressaltou que a decisão de Moraes, que considerou o uso das afirmações de que “pintou um clima” contém “grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato à reeleição ao cometimento de crimes sexuais”.

A coligação Brasil da Esperança, que apoia a candidatura de Lula, também apresentou uma ação no TSE contra a propaganda de Bolsonaro que chama Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) de “farinha do mesmo saco”, por terem declarado apoio a Lula no segundo turno.

A propaganda em questão utiliza falas de Ciro nas quais ele diz ter conhecimento de que Lula é “corrupto” e “um grande corruptor”.

A coligação acusou Bolsonaro de “transmitir a falsa conclusão e fatos sabidamente inverídicos com o objetivo de influir na lisura do processo eleitoral por meio da produção artificial de estado mental, emocional e passional no eleitoral”. Via JP

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