Com uma recente abertura de recuperação judicial, a americanas passa por um período bastante conturbado e incerto. Além de todos os eventos recentes, o trio de acionistas bilionários da empresa e a batalha judicial entre a Americanas e os grandes bancos deixam o futuro ainda mais incerto.
Dessa maneira, o tempo que a companhia ainda conseguirá manter suas operações em funcionamento é desconhecido. Para se somar aos fatores mencionados, o dinheiro em caixa é praticamente inexistente, assim como o crédito na praça. Dessa maneira, o Estadão ouviu alguns especialistas na área, que não acreditam que os estoques da Americanas durem muito mais do que quatro meses, acelerando mais ainda a falência do varejista.
Os especialistas não tiveram um consenso quanto ao determinado prazo final, mas é unânime a ideia de que, sem algum tipo de aporte financeiro para fazer compras daqui a três meses – à vista, em virtude do medo dos fornecedores de que a empresa não compre com os pagamentos – os estoques devem esvaziar.
Esse prazo foi um consenso porque os pedidos tradicionalmente levam esse tempo para que os fornecedores façam as entregas, dessa maneira, uma varejista sem abastecimento verá que vários itens estão em falta, mesmo antes do prazo de três ou quatro meses.
A Americanas passa por uma das maiores crises financeiras, tendo visto a caixa ir de R$ 7,8 bilhões para “somente” R$ 800 milhões, dentro de poucos dias. De maneira que, sem um aporte significativo por parte dos acionistas bilionários – Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles – o futuro da companhia é bastante incerto.
Assim, sem condições de comprar de seus fornecedores de modo à vista, será muito difícil relatar os estoques a fim de manter as lojas em funcionamento. O próximo balanço do varejista deve ser divulgado nas próximas semanas, o que permitirá verificar a saúde dos estoques da companhia.
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