No último ano, várias empresas solicitaram aos seus funcionários que retornam ao escritório, seja em período integral ou parcial, após um longo período de trabalho remoto devido à pandemia.
Embora isso seja positivo em termos de interação social com os colegas, essa transição pode ter efeitos negativos na saúde, levando especialmente em consideração a duração do trajetória até o local de trabalho.
No final de 2022, pesquisador do Alerta Científico concluíram um projeto de pesquisa que investigou os efeitos de uma longa trajetória para o trabalho em diferentes aspectos da saúde. Foi descoberto que o tempo gasto no deslocamento está associado a menor atividade física, aumento de peso e problemas de sono.
Como um acréscimo, dependendo da localização do seu escritório, você pode estar mais sujeito a consumir álcool em excesso.
Como objeto de estudo, os investigadores analisaram dados da Pesquisa Longitudinal Sueca de Saúde, que abrangeu um período de seis anos, de 2012 a 2018. Segue o fio da pesquisa!
Pesquisa afirma que o trajeto para o trabalho pode fazer mal
O estudo examinou as respostas fornecidas por cerca de 13.000 indivíduos, com emoções compreendidas entre 16 e 64 anos, abordando uma diversidade de assuntos que envolviam o seu modo de vida.
Alguns exemplos avaliados foram: frequência de exercícios físicos, consumo de álcool ou tabaco e índice de massa corporal, ocupação profissional, níveis de estresse no trabalho e condições de saúde pré-existentes.
Uma análise contorno com a distância entre a residência dos participantes e seus locais de trabalho, bem como o status socioeconômico das áreas em que residiam, buscando compreender de que maneira esses fatores impactaram seus hábitos cotidianos.
Utilizando uma abordagem de coleta de dados em ocasiões múltiplas, foi possível comparar as respostas fornecidas por cada participante do estudo em momentos distintos.
Foi constatado que deslocamentos superiores a 3 km aumentam a probabilidade de apresentar um estilo de vida fisicamente inativo, excesso de peso e problemas de sono.
As análises também revelaram que os participantes apresentavam maior probabilidade de adotar hábitos de consumo prejudiciais, como sentir a necessidade de reduzir ou consumir álcool pela manhã para aliviar o estresse ou lidar com ressacas, quando seu local de trabalho estava situado em áreas com alto status socioeconômico .
Indivíduos que permaneceram mais de 40 horas semanais e tiveram um tempo de deslocamento superior a cinco horas por semana exigiram maior propensão a serem fisicamente inativos e terem dificuldades relacionadas ao sono em comparação com aqueles que se deslocavam apenas de uma a cinco horas por semana.
Isso pode ser atribuído ao pouco tempo disponível para exercícios físicos ou ao estresse que impacta a qualidade do sono.
Embora os resultados da pesquisa apontem para o norte sobre a influência significativa em diversos aspectos da saúde, não foi possível determinar uma distância ideal de deslocamento ou localização do escritório com base nas passagens.
Os pesquisadores sugerem que o ideal é se aproximar de uma distância de 3 km, em que a maioria apresentava maior grau de atividade física.
Isso pode ser atribuído ao fato de que essa distância propiciava a utilização de meios de transporte alternativos, como bicicleta ou caminhada, para o deslocamento até o trabalho.
Além disso, um trajeto mais curto permite aos participantes ter tempo antes e depois do expediente para se auto-controlar.
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