A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é alvo de “terrorismo” para aumentar a taxa básica de juros na última reunião do ano, que começa nesta terça (10) e terá o resultado divulgado no final na tarde de quarta (11).
“Na véspera do último Copom presidido por Campos Neto, aumenta o terrorismo para elevar ainda mais a indecente taxa de juros. O PIB cresce acima das variações, emprego e renda também, arrecadação em alta, inflação dentro dos limites de uma meta exageradamente rigorosa, boas reservas, mas na mídia só se fala em 'risco fiscal'”, escreveu a deputada em uma postagem nas redes sociais.
Gleisi e o próprio governo, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), são contra o atual aumento dos juros no país, afirmando que o nível alto por tempo prolongado afeta diretamente o crescimento da economia. Apontam, ainda, que os indicadores atuais implicariam uma redução, em vez de aumento.
“Todos sabem que os juros maiores, neste momento, só vão pressionar a dívida pública e comprometer a atividade econômica, mas os especuladores e seus porta-vozes não estão nem aí para o país. Desenhamos o cenário que favorece o pior, para encerrar o ciclo do terrorismo de Campos Neto, a serviço do mercado”, completou Gleisi Hoffmann.
Os indicadores econômicos mostram uma sucessiva interferência da economia mesmo com os bons números em alguns deles, como empregos, PIB e evolução da massa salarial. No entanto, a preocupação do mercado financeiro é com as contas futuras do governo, que podem colapsar se os gastos não forem controlados.
Isso porque a proposta ainda pode ser desidratada pelos parlamentares e não surtir os efeitos esperados. Há, ainda, a preocupação com o anúncio do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês, com uma compensação ainda incerta na outra ponta, com uma tributação dos ganhos acima de R$ 50 mil meses.
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