De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (11), o déficit primário das estatísticas chegou a R$ 7,4 bilhões, de janeiro a setembro de 2024. É o pior resultado para o período desde o início da série histórica do BC, em 2002.
O valor também representa uma alta de 258,9% em relação ao rombo das estatísticas registradas no mesmo período do ano passado, quando o déficit primário ficou em R$ 2,06 bilhões.
Nos estados federais, o resultado negativo foi de R$ 4,1 bilhões. O rombo das estatísticas regionais (estaduais e municipais) ficou em R$ 3,3 bilhões de janeiro a setembro.
VEJA TAMBÉM:
-
Rombo do governo federal passa de R$ 105 bilhões no ano
Os números apurados pelo BC não incluem Petrobras, Eletrobras e bancos públicos.
Os dados consideram todas as receitas e despesas das empresas públicas, mas não contabilizam o lucro do estatal.
Dívida do setor público
Ainda, segundo o BC, em setembro a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em setembro de 2024, uma redução de 0,2% em relação ao mês anterior.
Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,4% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em setembro, um aumento de 0,4% no mês.
De acordo com o BC, “esse resultado refletiu em especial os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 pp), dos juros nominais protegidos (+0,4 pp), da variação do PIB nominal ( -0,4 pp), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 pp).
No acumulado do ano, a DLSP subiu 1,5%, segundo o BC, “em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,7 pp), do déficit primário (+0,8 pp), do reconhecimento de dívidas (+0,2 pp), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,9 pp), do efeito da desvalorização cambial de 12,5% acumulada no ano (-1,3 pp), dos demais ajustes da dívida líquida externa (-0,7 pp), e do ajuste de privatizações (-0,3 pp)”.
Deixe o Seu Comentário