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Resgate líquido de títulos públicos em janeiro é o maior da série histórica

Resgate líquido de títulos públicos em janeiro é o maior da série histórica


Maior da série histórica, o resgate líquido de títulos públicos, em janeiro último, consumido R$ 230,74 bilhões, superando o recorde anterior, de R$ 204,6 bilhões, em março de 2021. A informação foi dada, nesta terça- feira (28), pelo coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luís Felipe Vital, ao comentar que o mês passado marcou o período de maior ‘torre’ de vencimentos previstos para abril de 2023. Na oportunidade, ele estava, também, que a parcela da dívida pública de títulos prefixados (hoje de 23,47%), é a mais baixa, desde novembro de 2005.

“Só teremos vencimentos relevantes de prefixados agora em julho de 2023. A parcela de papéis de Selic na dívida pública federal é a maior desde abril de 2006. Já o aumento de não residentes em janeiro é explicado por cenário benigno”, previu Vital, ao revelar que, levando em conta que a reserva de preparação chega hoje a R$ 953,39 bilhões (a menor desde fevereiro de 2021), tal ‘colchão’ pode sofrer grandes alterações, em razão das ‘torres de vencimento’.

“A reserva de liquidez é de 7,62 meses de vencimentos da dívida pública e o mínimo prudencial é de três meses. O Tesouro tem conforto para calibrar as emissões com as condições de mercado”, revelou Vital.

Ainda sobre o mês passado, o coordenador do Tesouro considerou este positivo para o mercado externo, marcado pelo apetite de risco. “Os investidores passaram a reavaliar as expectativas sobre a política monetária dos Estados Unidos, com um cenário mais benigno. Por outro lado, a percepção de risco de emergentes esteve em queda, inclusive o Brasil”, avaliou.

Em decorrência do ‘ruído’ expressivo, devido ao noticiário doméstico envolvendo política monetária e animada, além de duras críticas disparadas pelo presidente Lula contra o Banco Central (voltadas ao alto patamar de juros e os regimes de metas de vitória), Vital admite que as taxas médias de juros subiram mais, em prazos mais longos. Em consequência desse cenário tenso, a volatilidade de janeiro fez com que as emissões de títulos do Tesouro Nacional, em janeiro último, fossem 30% inferiores ao mesmo mês de 2022.

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