BCN

Prates diz que mudança em estatuto da Petrobras não a desobriga de cumprir lei

Prates diz que mudança em estatuto da Petrobras não a desobriga de cumprir lei

Prates Diz Que Mudanca Em Estatuto Da Petrobras Nao A.jpg


Presidente Jean Paulo Prates tenta acalmar mercado após anunciar mudança em estatuto que pode descumprir Lei das Estatais.| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um dia depois da Petrobras perder R$ 32 bilhões
em valor de mercado por anunciar uma mudança no estatuto que pode permitir a
indicação de membros do governo ou de partidos políticos à estatal, o
presidente Jean Paul Prates veio a público explicar que a alteração não vai
desobrigar a empresa de cumprir a Lei das Estatais.

A mudança anunciada na segunda (23) gerou críticas no mercado e foi corrigida em um vídeo publicado por ele nas redes sociais na noite de terça (24), em que disse que a companhia pode ter errado na forma como comunicou a alteração.

“Entendemos até que poderíamos ter comunicado melhor a proposta. Não pelo que foi feito, mas pelo seu impacto real, que, nesse caso, é nulo”, disse (veja na íntegra).

Jean Paul Prates explicou que as mudanças visam alinhar o estatuto à Lei das Estatais e não representam uma redução nas exigências da lei. Ele se referiu a uma decisão cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu parte da legislação, especificamente os incisos do artigo 17 que restringem nomeações de conselheiros e diretores com cargos públicos ou envolvimento em atividades partidárias.

A decisão do STF ainda precisa ser referendada pela corte.

Prates enfatizou que se a decisão final do
Judiciário for manter o artigo na lei, a Petrobras “automaticamente será
obrigada a cumpri-lo”, independentemente de constar no estatuto.

“Estar ou não repetido no estatuto faz zero
diferença, porque a empresa, como todos, é obrigada a estar de acordo com a lei”,
afirmou.

Em relação à criação de uma reserva de
remuneração do capital, Prates garantiu que a política de remuneração aos
acionistas permanece inalterada. A reserva tem a finalidade de garantir
recursos para pagamento de dividendos, juros sobre capital próprio, recompra de
ações e outras necessidades financeiras.

“Porém, a reserva só poderá ocorrer após o pagamento dos dividendos na forma da política de remuneração dos acionistas”, ressaltou. As propostas ainda aguardam aprovação do Conselho.

Sair da versão mobile