O Ministério da Fazenda negou, neste domingo (29), que novas medidas de corte de impostos estão sendo elaboradas pela equipe econômica. O esclarecimento, enviado à imprensa, se refere a uma reportagem do jornal “O Globo”, “Haddad e o 'trabalho constante de contenção dos gastos”, do colunista Lauro Jardim.
A matéria afirma que “para tentar aplacar o mau humor do mercado” com o pacote de ajuste fiscal, novas medidas de ajuste estariam aguardando o aval do presidente Lula para divulgação.
“O Ministério da Fazenda informa que não há novas medidas elaboradas. Logo, nada foi apresentado ao presidente da República. Portanto, não há resposta sendo aguardada”, disse a Fazenda.
Corte de gastos foi considerado insuficiente
Após intensas negociações que culminaram na desidratação das medidas de ajuste, o Congresso aprovou, no apagamento das luzes do calendário legislativo, a proposta de emenda à Constituição apresentada pelo governo para cortar R$ 71,9 bilhões do orçamento em dois anos. As medidas incluem mudanças no salário mínimo e no Benefício de Prestação Continuada. Foi decidido de fora da apreciação apenas o projeto relativo à carreira dos militares.
Apesar das mudanças feitas pelos parlamentares, a equipe econômica relativa à previsão inicial de economia será mantida. Até 2030, a redução de gastos prevista é de R$ 327 bilhões. A equipa económica argumentou que os temas principais, como os relativos ao reajuste do salário mínimo e ao Fundo de Desenvolvimento da Educação, continuam de pé e sustentam o ajuste previsto.
Mas os valores já foram contestados pelos economistas mesmo antes das alterações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad chegou a dizer que novas medidas poderiam vir, já que o ajuste fiscal é um “processo constante”.
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