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Governo edita decreto que regulamenta mercado de carbono, diz ministro do Meio Ambiente

Anúncio foi feito durante congresso realizado no Rio de Janeiro pouco depois do Banco do Brasil divulgar lançamento de fundo de investimento em carbono. Ministros Joaquim Leite, do Meio Ambiente, e Paulo Guedes, da Economia, durante o congresso Mercado Global de Carbono, realizado no Rio de Janeiro
Divulgação
O Governo Federal deve publicar, ainda nesta quarta-feira (18), um decreto para regulamentar o mercado de crédito de carbono no país. A informação foi divulgada, pela manhã, pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
“Com base na política de mudança no clima, criamos hoje um mercado regulado de carbono. Em decreto a ser publicado hoje ao longo do dia, trazemos o conceito de crédito de carbono. Isso trará instrumentos para a monetização de ativos”, anunciou o ministro durante a abertura do congresso Mercado Global de Carbono, realizado no Rio de Janeiro.
Pouco antes do discurso de Leite, o presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, havia anunciado o lançamento de um fundo de investimento multimercado em crédito de carbono, além de outras medidas de incentivo à economia verde.
O congresso, organizado pela Petrobras e o Banco do Brasil, com apoio institucional do Banco Central e do Ministério do Meio Ambiente, reuniu cerca de 100 líderes de grandes empresas, nacionais e internacionais para debaterem estratégias corporativas e projetos para impulsionar os negócios verdes, com foco em inovação e sustentabilidade.
Projeção do Brasil como potência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou durante o congresso que o Brasil passa a ser reconhecido no cenário global como “potência verde, energética e alimentar”. Ao lado do ministro Joaquim Leite, ele comandou o primeiro debate do evento.
Guedes sugeriu que, no passado, o Brasil era visto como um problema ambiental, mas que, atualmente, “esse cenário mudou nos ambientes de decisão”.
“O Brasil já é verde e digital. Então, essa consciência que nós estamos tomando da nossa força como potência verde, potência energética e potência alimentar, é a mesma ficha que está caindo lá fora. Eles estão olhando pra gente e dizendo que o Brasil é a chave para esse futuro”.
Segundo o ministro, a pandemia e a guerra na Ucrânia favoreceram essa mudança da perspectiva brasileira no cenário internacional.
“Com a pandemia, nós já tínhamos feito um mergulho no futuro digital. Com a guerra, a invasão da Ucrânia pela Rússia, nós também mergulhamos no futuro da transição energética – é como se tivesse passado um filme e nós fomos lançados 100 anos à frente”, disse.

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