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Fenasucro espera movimentar R$ 5 bilhões em negócios com retomada presencial após 3 anos

Evento confirmado para agosto em Sertãozinho (SP) deve atrair visitantes do Brasil e de mais 15 países para conferir novidades em geração de bioenergia. Necessidade de otimizar produção na lavoura e alta do setor de biogás elevam expectativas das indústrias. Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana
Divulgação/ Fenasucro
Depois de três anos de espera, a Fenasucro, considerada uma das maiores feiras de bioenergia do mundo agendada para agosto em Sertãozinho (SP), confirma a retomada das atividades com a expectativa de movimentar R$ 5 bilhões em negócios em 2022.
Segundo os organizadores, essa projeção inicial, que pode ser superada, tem como base a necessidade de os produtores de cana-de-açúcar e as usinas de etanol buscarem caminhos para ampliar a produtividade, além de uma alta demanda pela geração de biogás, proporcionada não só pela questão da sustentabilidade, mas também por fatores como a Guerra na Ucrânia.
“Tivemos o açúcar, o etanol, a cogeração de energia, e agora o biogás vem como uma nova vertente, trazendo um dinheiro novo para essas usinas, além dos créditos de carbono que já movimentam um grande mercado que não existia”, afirma Paulo Montabone, diretor da feira.
Depois de seguidos adiamentos por conta da pandemia da Covid-19, a 28ª edição da feira será realizada entre 16 e 19 de agosto e deve levar ao Centro de Eventos Zanini cerca de 42 mil visitantes, com representantes do Brasil e de outros 15 países.
Os mais de três mil produtos em exposição estarão espalhados por quatro macrossetores: bioenergia, agrícola (Agrocana), indústria e transporte e logística.
“Refizemos todo o layout da feira, proporcionando um conforto maior a todos os visitantes e expositores. Traremos novos setores como energia eólica, energia solar, bioenergia, e as grandes marcas, que sempre estão presentes com a gente”, acrescenta Montabone.
Visitantes durante a Fenasucro em 2019
Crédito: Divulgação Fenasucro
Procura por tecnologia
Presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), Luis Carlos Júnior Jorge analisa que a quebra histórica da safra da cana, no ciclo 2021/2022, deve impulsionar na feira a procura por soluções tecnológicas que melhorem a produção no campo e na indústria.
“Teremos desde colheitadeiras até turbina de alta pressão. A feira abrange desde o campo até o final do processo, até voltar para o campo. Quem visitar, e espero que tenhamos muitas visitações, poderá ver todo esse ciclo completo da indústria sucroenergética”, afirma.
A busca cada vez maior pelo biogás e a necessidade de adequação das usinas – que podem produzir energia elétrica, além do biodiesel a partir dos resíduos da cana, por exemplo – são outros pontos que devem movimentar novos investimentos, analisa Júnior Jorge.
“São etapas. O setor está se preparando para isso, até porque é uma coisa um pouco antiga, mas agora que o setor está começando essas implantações. Temos aqui grupos no estado de São Paulo que já implantaram, temos grandes grupos de usinas que estão implantando e irão implantar. A gente vê com muito otimismo. E isso vai fazer o que: investimento. Tem que comprar produto que gera emprego, essa é a cadeia completa”, avalia.
Fenasucro & Agrocana
FENASUCRO/AGROCANA – Divulgação
Alcance multiplicado
Além da geração de negócios, a difusão de conhecimento e a conectividade estão entre as propostas do evento. Durante os quatro dias, encontros de conteúdo serão promovidos com representantes de diferentes entidades ligadas à cadeia sucroenergética.
Segundo Montabone, as restrições adotadas durante a pandemia, como a realização de eventos virtuais, resultaram em uma transformação das estratégias da Fenasucro para aproximar indústrias e potenciais compradores.
Hoje, isso se reflete em uma multiplataforma online, que já permite aos interessados em fazer os primeiros contatos e eleva em cerca de dez vezes o alcance dos lançamentos da feira.
Em junho, uma prévia do que será exposto presencialmente em Sertãozinho poderá ser conhecido no Agribusiness Summit.
“A gente tinha uma feira com 40 mil, 35 mil visitas, e essa multiplataforma fez com que o nosso setor se transformasse em mais de 400 mil pessoas conectadas tendo acesso a conteúdos, rodadas de negócios digitais e presenciais”, diz o diretor.
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