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Desvalorização do real pode tirar Brasil das 10 maiores economias

Desvalorização do real pode tirar Brasil das 10 maiores economias

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De acordo com a análise do economista-chefe da agência Avaliação de AustinAlex Agostini, a desvalorização do real em relação ao dólar pode tirar o Brasil do ranking das 10 maiores economias do mundo.

O Brasil voltou para o grupo das 10 maiores economias no ano passado. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o grupo é liderado pelos Estados Unidos, com PIB de US$ 29,17 trilhões; seguido pela China, com PIB de US$ 18,17 trilhões; e Alemanha, com PIB de US$ 4,71 trilhões.

Segundo estimativa do FMI, o Brasil ocupa uma posição de décima, com PIB de US$ 2,19 trilhões em 2024. O país é seguido pela Rússia, que tem US$ 2,18 trilhões de PIB.

Dados do FMI indicaram que o Brasil estaria em 8º lugar no ranking no 1º trimestre deste ano, mas o país não segurou a posição.

Ao analisar o cenário, Alex Agostini afirmou que o enfraquecimento do real pode piorar a posição do Brasil no ranking.

“Supondo que, na mídia de 2025, [o dólar] fique em R$ 6. Por agora, o FMI está usando uma taxa média de real por dólar de R$ 5,33. Isso daria um PIB em dólar de US$ 2,30 trilhões [no próximo ano]. Se a taxa média for de R$ 6,00, aí vai para US$ 2,05 trilhões. Ou seja, o Brasil perde US$ 250 bilhões só pela desvalorização, cairíamos para a 12ª posição, correndo o risco de ir para a 13ª”, disse o economista.

A expectativa é de que a Rússia ultrapasse o Brasil. Em 2024, o real brasileiro era a 7ª moeda que mais se desvalorizou no mundo.

Impacto

Apesar da previsão, Agostini minimizou o impacto caso o Brasil deixasse o grupo das 10 maiores economias, mas ressaltou que os investidores observam os dados do PIB em dólar nos países para tomar decisões.

“Quando o PIB está em declínio, é por algumas disfuncionalidades macroeconômicas da economia […] “[O investidor] vai investigar as demais variações: câmbio, inflação, juros e contas fiscais. E, descobrirá que o Brasil tem alguns problemas na área fiscal, que tem impactado a taxa de juros e, por sua vez, a taxa de câmbio também dispara”, afirmou.

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