Segundo FGV, inflação e a dificuldade de obter emprego continuam impactando o orçamento das famílias, principalmente das de menor renda. A confiança dos consumidores brasileiros piorou em maio, diante da inflação elevada e da dificuldade de obter emprego, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados nesta quarta-feira (25).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve queda de 3,1 pontos neste mês, para 75,5 pontos.
O Índice de Situação Atual (ISA), que reflete o sentimento do consumidor sobre o momento presente, ficou estável em 69,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE), que abrange a percepção sobre os próximos meses, recuou 5,1 pontos, para 81,0 pontos, menor nível desde janeiro passado (80,7 pontos).
“Os últimos resultados da confiança do consumidor mostram que apesar da melhora da pandemia e do pacote de incentivos para alívio da pressão financeira das famílias, a inflação e a dificuldade de obter emprego continuam impactando negativamente as famílias, principalmente as de menor renda”, ressaltou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt.
Dados divulgados na véspera pelo IBGE mostraram que a alta do IPCA-15, considerado prévia da inflação, desacelerou a 0,59%, de 1,73% no mês anterior. Apesar do número mais baixo, a leitura representou a maior variação para um mês de maio desde 2016 (+0,86%) e ficou acima das expectativas.
“Além disso, há uma preocupação com as perspectivas futuras que serão afetadas por um ano eleitoral que promete ser bastante acirrado. O cenário para os próximos meses não sinaliza uma tendência clara de recuperação, principalmente diante dos desafios expostos”, completou Bittencourt.
IPCA-15: prévia da inflação desacelera para 0,59% em maio, maior valor para o mês desde 2016
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