Após figurar como a terceira arquibancada mais alta do mundo em 2021, o Brasil reverteu o cenário de aumento dos preços. Com a queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) Nos últimos meses, o país registrou a sexta menor flutuação no ano passado entre os países do G20, grupo formado pelas maiores economias e emergentes, de acordo com levantamento da Austin Rating.
UMA pressão oficial de preços do Brasil encerrou 2022 com alta de 5,79% e furou o teto da meta pelo segundo ano consecutivo, de acordo com dados divulgados na terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice é menor que o projetado para a União Europeia (9,3%), Reino Unido (11,5%), e Estados Unidos (6,5%), além de ficar abaixo do aumento da Itália (11,6% ) e da Alemanhã (8,6%). A Espanha, com 5,8%, foi incluída no ranking abaixo, apesar de ter estatuto de convidada permanente no G20.
Ranking do aumento de preços
A meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a tolerância do Brasil no ano passado era de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%).
Com o estouro, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou em carta aberta que o problema se deve a cinco fatores principais, como ocorreu herdada do ano anterior, fenômenos globais e retomada na demanda de serviços e no emprego após a reabertura da economia.
“Apesar da queda de mais de 4 pontos percentuais em relação a 2021, quando o índice atingiu 10,06%, o dado preocupa, pois demonstra um quadro de inércia inflacionária persistente, ao manter a margem acima do teto da meta definida pelo Banco Central (5%). e energia”, afirma Gabriel Ribeiro, analista da Austin Rating.
Apesar das expectativas de mercado indicarem atualmente que a sobrevivência para 2023 deve ser de 5,3%, a Austin Rating projeta alta de 5% para o IPCA.
“Esse dado, que segue distante do centro da meta para o ano, reflete, principalmente, as preocupações em relação à qualidade e sustentabilidade dos gastos públicos que devem ser realizados no decorrer de 2023, com potencial para limitar o efeito da política monetária para desacelerar o aumento de preços”, acrescenta Ribeiro.
“Em complemento, a possibilidade do fim das desonerações tributárias limita o cenário em que o índice de suportou reduções apresentadas, ao passo que contribui para o terceiro estouro da meta consecutiva”, acrescenta o analista.
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