
O deputado federal José Medeiros (PL-MT) revelou aos aliados que teve informação antecipada de operações da Polícia Federal (PF) contra pré-candidatos do PL. Os interlocutores foram o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ) e o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ).
“Na quarta-feira, eu por acaso encontrei com o Valdemar, com o Altineu e com o Sóstenes e eu falei: ‘olha, eu tenho uma informação que me chegou, que haja daqui para frente operações constantes tanto em cima de pré-candidatos ao Senado como nas prefeituras do PL em que os prefeitos sejam cabos eleitorais importantes'”, disse o deputado, em entrevista ao Café com a Gazeta do Povo nesta segunda-feira (22). “Os corredores de Brasília acabam muitas vezes fazendo esse papel não porque há um vidente ali, mas é porque em política não tem segredo e as coisas acabam vazando”, complementou.
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PF encontrou R$ 400 mil em apartamento de Sóstenes
Na última sexta-feira (19), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação contra Sóstenes e o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Em um apartamento utilizado por Sóstenes, o pesquisador descobriu cerca de R$ 400 mil em espécie. Logo após a revelação, Sóstenes veio ao público para dizer que o dinheiro foi obtido por meio da venda de um imóvel. A PF suspeita de desvio de cotas parlamentares. Para José Medeiros, “a cota parlamentar, as filigranas e todas, há uma coisa como se a República estivesse desabando”. Ele citou a ausência de investigações em face da esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes.
“O Brasil está bem de cabeça para baixo, uma desarrumação total, uma insegurança nunca vista e um modelo muito parecido com o chinês”, afirmou o parlamentar, citando um “consórcio” entre o Judiciário e o Executivo.











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