A defesa do general Walter Braga Netto repudiou “veementemente” o vazamento de informações de inquéritos à imprensa “em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas”. O ex-ministro da Defesa, Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal nesta quinta-feira (19) por suposta tentativa de golpe de Estado.
“A defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto destaca e repudia veementemente, e desde logo, a difusão indevida de informações relativas aos inquéritos,
concedidos 'em primeira mão' a determinados veículos de imprensa em detrimento do
acesso às partes devido diretamente envolvidas e interessadas”, diz a nota assinada pelos advogados Luís Henrique Prata, Gabriella Venâncio e Francisco de Lima.
A defesa do general ressaltou que “aguardará a captação oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado”. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi indiciado no inquérito.
Segundo apurou a Gazeta do Povopara a PF, Bolsonaro sabia do suposto planejamento do golpe e das ações que vieram sendo articuladas para que isso acontecesse.
PF considera Braga Netto peça-chave em suposto plano golpista
A PF indicou Braga Netto como peça-chave na suposta trama golpista. Ele foi relatado no relatório da Operação Contragolpe, deflagrada na última terça (19), que levou à prisão quatro oficiais do Exército e um policial federal.
Segundo a investigação, o grupo planejava assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, a PF afirmou que Braga Netto e o general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), assumiram um “gabinete de crise” após a concretização do golpe.
Mais cedo, a Polícia Federal indicou 37 pessoas, entre militares, ex-ministros e aliados de Bolsonaro, no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no país em 2022. O relatório final da investigação foi elaborado pelo ministro Alexandre de Moraes , relator do caso.
Após avaliação do ministro, o documento será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR). Cabe à PGR decidir se denunciar ou não os indicados ao Supremo.
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