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Professor universitário destaca a importância de dar um tempo nos estudos para não surtar

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Foto: Rafa Belli

Com o anúncio das férias em boa parte das universidades brasileiras, é comum vermos alunos sem saber o que fazer. Continuar a estudar, mesmo que em casa? Dar uma pausa e descansar? Aproveitar o período sem aulas e atividades para viajar? O professor universitário de pedagogia, com pós graduação em psicopedagogia clínica e educacional, Rafa Belli, traz dicas de como ter férias produtivas e voltar para o próximo semestre sem surpresas.

A primeira coisa que todos os alunos devem ter em mente, segundo o professor, é que as férias foram feitas para serem desfrutadas. É importante dar um tempo nos estudos, para descansar a mente e dar uma respirada, ainda mais se o estudante trabalhar, o que gera uma sobrecarga e fica mais crescente aquela necessidade de dar uma pausa.

“O melhor a se fazer é não pensar nos vinte dias iniciais das férias. Destine esse tempo para se desconectar do mundo acadêmico que muitas vezes deixa qualquer um louco, professor ou aluno. Faltando uma semana para o fim das férias, o recomendado é voltar de pouco em pouco para o mundo acadêmico. Buscar saber quais matérias serão dadas no novo semestre, comprar materiais escolares e, se possível, dar uma revisada nos conteúdos passados, retomando aos poucos o ritmo caótico das salas de aulas”, explica Rafa.

Além das férias, o professor aponta que apesar de muitas vezes os estudos tomarem conta de todo o tempo, é necessário que os alunos tirem, na semana, um dia para si. Entender e respeitar os limites do corpo é necessário para uma rotina de estudos mais saudável e menos estressante e, para o professor, possuir cronograma de estudos com rotinas certeiras para não acumular matéria é um dos melhores caminhos para isso.

Ainda com ênfase na organização dos estudos, Rafa diz que saber as datas de entrega dos trabalhos e fazê-los o quanto antes é a melhor escolha para não evitar problemas futuros ou então desencadear uma bola de neve onde o estudante não possui tempo nem para o trabalho e nem para os estudos.

“Conheço essa rotina assim como muitos outros brasileiros que não possuem o privilégio de apenas estudar. Ainda hoje faço isso. Por isso, não acredito que os alunos devam levar trabalho pra fazer fora da faculdade e depois entregar. Então eu organizo minhas aulas para destinar um tempo para que os alunos façam essas atividades nesses momentos! Sempre busco acompanhar o que eles consomem e o que está em alta na área de formação deles, assim posso trazer exemplos atuais e assim levantar discussões de interesse!” Explica o professor.

Saber como tornar o conhecimento interessante também depende dos professores. Não basta apenas ensinar. Tem que cativar, utilizar uma linguagem que todos entendam e trazer referências modernas que torne tudo mais leve. “A vida já é muito difícil e corrida, por isso tento tornar o estudo prazeroso para meus alunos, assim como é pra mim”, explica o professor.

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