Criminosos estão se passando por vendedores ou compradores de veículos para enganar vítimas em todo o país.
Nos últimos meses, aumentaram os casos de um golpe que vem preocupando quem pretende comprar ou vender um carro pela internet. Trata-se do “golpe do falso intermediário”, em que criminosos se passam por vendedores ou compradores em plataformas de anúncios e redes sociais, criando situações falsas de negociação para enganar as partes envolvidas.
Segundo as autoridades, o golpe ocorre de forma sofisticada. O criminoso entra em contato com o dono real do veículo, demonstrando interesse, e simultaneamente cria um anúncio falso do mesmo carro, muitas vezes com preço abaixo do mercado para atrair compradores. Quando uma vítima se interessa, o golpista intermedia a negociação, fazendo com que comprador e vendedor nunca conversem diretamente.
Durante o processo, o criminoso orienta o comprador a depositar o valor em uma conta falsa, alegando que pertence ao vendedor. Só após o pagamento a vítima descobre que o dinheiro foi enviado para o golpista, e o veículo jamais será entregue.
🚗 Golpe em ascensão
Delegacias especializadas em crimes cibernéticos alertam que esse tipo de golpe tem se tornado mais frequente, especialmente em grupos de vendas e sites de classificados.
“Os criminosos usam informações verdadeiras dos anúncios e conseguem parecer convincentes. O preço atrativo é o principal chamariz”, explica o delegado Rafael Lima, da Polícia Civil.
🧩 Como evitar cair no golpe
Especialistas em segurança digital recomendam algumas medidas para se proteger:
- Desconfie de preços muito abaixo da média de mercado;
- Sempre veja o veículo pessoalmente e verifique a documentação junto ao Detran;
- Evite intermediações e confirme que está falando diretamente com o dono do carro;
- Nunca faça pagamentos antes de verificar presencialmente o automóvel;
- Prefira realizar o pagamento na presença do vendedor e no cartório, durante a transferência.
⚖️ Denúncias e prevenção
Quem for vítima deve registrar boletim de ocorrência e reunir o máximo de provas — como conversas, anúncios e comprovantes de pagamento. O golpe é enquadrado nos crimes de estelionato e falsidade ideológica, com penas que podem ultrapassar cinco anos de prisão.
As autoridades reforçam a importância de campanhas educativas e de atenção redobrada por parte dos consumidores.











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