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Corpo de Navalny foi entregue à família; G7 cobra esclarecimentos

A família de Alexei Navalny, opositor do ditador russo Vladimir Putin morto no dia 16, finalmente recebeu o corpo do ativista. A informação foi postada no X/Twitter pela escritora Kyra Yarmish, porta-voz da equipe que assessorava Navalny.

“O corpo de Alexei foi entregue à mãe dele. Muito obrigado a todos aqueles que exigiram isso conosco”, disse Kyra. Segundo ela, a mãe de Navalny, Lyudmila Navalnaya, ainda está em Salekhard, a cidade do Ártico onde o corpo do filho estava retido pelo governo. Na última sexta-feira, Lyudmila afirmou que investigadores russos tentaram persuadi-la a realizar um enterro “secreto” e discreto em uma cerimônia privada.

A escritora também afirmou que os planos para a realização do funeral seguem indefinidos. “Não sabemos se as autoridades vão interferir para que tudo seja feito como a família quer e como Alexey merece. Informaremos assim que houver novidades.”

Navalny, o político de oposição mais conhecido da Rússia, morreu repentinamente aos 47 anos em uma colônia penal. Seu assessores e e sua família afirmam que o governo russo o assassinou. O Kremlin, no entanto, afirma não ter qualquer envolvilmento com a morte.

Líderes do Ocidente exigem informações mais completas sobre a morte de opositor

Durante
uma teleconferência
realizada ontem para marcar os dois anos da invasão russa à Ucrânia,
líderes do G7 prestaram uma homenagem a Alexei
Navalny e pressionaram o governo de Vladimir Putin a elucidar completamente sua
morte.

“Nesta
ocasião, prestamos também homenagem à extraordinária coragem de Alexey Navalny
e apoiamos a sua esposa, filhos e entes queridos. Ele sacrificou a sua vida
lutando contra a corrupção do Kremlin e por eleições livres e justas na
Rússia”, diz a declaração conjunta assinada pelos líderes da Itália,
Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Canadá.

O G7 ainda cobrou da Rússia o “esclarecimento total das circunstâncias que envolveram a morte de Navalny”, a “libertação de todos os prisioneiros injustamente detidos” e o fim da “perseguição da oposição política e a repressão sistemática dos direitos e liberdades dos russos”.

“Vamos continuando a impor medidas restritivas em resposta às violações e abusos dos direitos humanos na Rússia”, diz a declaração, divulgada após a reunião virtual presidida pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, presidente rotativa do G7. (com Agência EFE)

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