O Líbano tem sido alvo de bombardeios de Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês. Dois brasileiros já morreram nos ataques. Walíd Fouad Náhra, que hoje mora em São José dos Campos Reprodução/TV Vanguarda As Comunidades Libanesas do Vale do Paraíba têm acompanhadas com apreensão o intenso conflito que ocorre no Oriente Médio envolvendo o país, Israel e o grupo extremista Hezbollah. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos de Israel, que mira alvos do Hezbollah em territórios libaneses. Os ataques também atingiram civis – dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação do conflito a partir do dia 20 de setembro. Uma das pessoas que acompanham as notícias do conflito à distância e com muita angústia é o empresário Walíd Fouad Náhra. Ele morava em São José dos Campos há 30 anos, quando decidiu se mudar justamente para fugir de guerras. Apesar disso, a irmã dele continua morando no Líbano. Ela era de 'Ebel El Saqi', cidade que fica na fronteira com Israel e a cerca de 100 quilômetros de Beirute, capital do Líbano. Destruição próxima à casa da irmã de Walíd Fouad Náhra Reprodução/TV Vanguarda No fim de semana, a cidade foi alvo de um bombardeio, que destruiu uma casa vizinha da irmã de Walíd. Com medo, ela fugiu para Beirute, a capital. Em busca de notícias da família, Walíd conversa com a irmã todos os dias por meio do celular. A libanesa relata que a situação é caótica para ele, que fica preocupado. “É uma situação perturbadora. É humilhante. A gente tem aquele amor pela família, por onde eu nasci, pelo lugar onde eu vivi toda a minha infância. Fico ouvir essas notícias impactantes e ruínas do Brasil, e isso nunca acaba”, afirma Walíd. Conversa de Walíd Fouad Náhra com o irmão, que segue no Líbano Reprodução/TV Vanguarda Leia mais notícias do Vale do Paraíba e região Conflito Nas primeiras horas desta quarta-feira (2), o grupo extremista Hezbollah lançou mais foguetes contra Israel. Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, um comandante de equipe morreu no episódio. Como resposta, Israel voltou a bombardear o Sul e a capital do Líbano, Beirute. Quase duas mil pessoas morreram e mais de nove mil vítimas no Líbano em quase um ano de combates nas fronteiras, com o maior número nas últimas duas semanas, de acordo com estatísticas do Governo Libanês. Mais de um milhão de pessoas foram forçadas a fugir de casa. Avião que vai repatriar brasileiros no Líbano decola do RJ Na terça-feira (1°), o Irã disparou cerca de 200 mísseis em direção ao território israelense. Como resposta, Israel afirmou que o país cometeu um grande erro e que irá pagar por isso. “Quando você envolve um estado organizado, um país, como o Irã, o Líbano, que está no meio do caminho, sofre com esses conflitos, com bombardeios e pessoas morrendo. Isso pelas operações dessas duas grandes potências militares, que são Israel e Irã”, explica o professor e historiador de São José dos Campos, Davi de Albuquerque. Um avião da Força Aérea Brasileira decolou em direção ao Líbano para repatriar 220 brasileiros que estão nas áreas de conflito. Nuvens de fumaça durante um ataque aéreo israelense em Khiam, no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel, em 2 de outubro de 2024. AFP Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
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