Palmeira foi o responsável pela campanha lulista de 2022 e já apareceu nos bastidores dos mais recentes pronunciamentos de Lula, numa tentativa de melhorar a comunicação do governo com a sociedade. Esta foi uma das principais reclamações do presidente, que tem visto medidas do governo não serem bem entendidas.
“O problema do governo é de governo: se o governo melhorar, aí vai ter o que mostrar de bom. Se não melhorar, pode colocar o melhor marqueteiro do mundo, que o Brasil real não vem marketing, não vive no marketing, não mora no marketing”, disse o senador em entrevista à Folha de S.Paulo.
Para Ciro Nogueira, se a entrada de Palmeira surtir algum efeito real na economia, ele poderia se candidatar a presidente – também em tom de ironia.
“Se o marketing for capaz de reduzir o preço do dólar, da inflação, diminuir a escalada dos juros, o preço da gasolina, da picanha, do rombo fiscal sem controle, aí eu voto no marqueteiro para presidente da República”, pontudo.
A mudança já era esperada desde que Lula reclamou publicamente sobre o alcance da comunicação do governo. No dia do anúncio, Palmeira afirmou que está começando o “segundo tempo do governo”. Ele destacou que a comunicação não pode ser “analógica”, pois as ações do governo devem chegar “na ponta”.
“Estamos começando um segundo tempo. Tem a gestão, a expectativa e a perspectiva popular, e precisamos juntar essas três coisas. Esse governo fez muito essas coisas precisa chegar na ponta, esse é o desafio… Tem alguns problemas na comunicação, mas não é somente aqui na Secom. A comunicação deve ser do governo todo como um todo”, emendou.
“Eu acho que isso é ruim para a democracia. Isso é ruim para a democracia. Porque você não faz um controle da prevenção do ódio, da desinformação, das fake news. Esse é o problema. A gente precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais”, disse na cerimônia de memória dos dois anos de 8 de janeiro de 2023 nesta quarta (8).