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Em discurso na manifestação em São Paulo neste 7 de setembro de 2024, na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que o Senado “bote um freio” ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um quem chamou de “ditador” e alguém que “faz mais mal ao Brasil” do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
“Devemos botar freios através dos dispositivos constitucionais naqueles que saem, que rompem, o limite das quatro linhas da nossa Constituição. Eu espero que o Senado bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Bolsonaro ao encerrar seu discurso para milhares de pessoas na Paulista.
O discurso de Bolsonaro neste 7 de setembro foi mais contundente contra Moraes do que o realizado no ato da Paulista em fevereiro deste ano. Naquela ocasião, o ex-presidente defendeu a pacificação do país e um projeto de anistia para os presos das manifestações de 8 de janeiro de 2023 e evitou críticas diretas ao ministro.
Bolsonaro, neste sábado (7), voltou a defender a anistia dos presos de 8 de janeiro, citando um projeto de lei com esse objetivo, de relatoria do deputado Rodrigo Valadares (União-SE) e em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
“Nós temos que, através de uma anistia, beneficiárias dessas pessoas que foram injustamente condenadas… Nós daremos essa anistia [com a aprovação do projeto na Câmara]porque só assim nós podemos começar a sonhar com a pacificação do nosso país”, disse.
O ex-presidente também apresentou a possibilidade de reversão da sua inelegibilidade, com apoio dos parlamentares. “Quanto à minha elegibilidade – [devido a] essas duas acusações, estapafúrdias, sem razão, sem materialidade – serão mais cedo ou mais tarde conseguidas por trabalho dentro do Congresso Nacional”.
A manifestação de 7 de setembro de 2024, que reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista neste sábado, teve como mote o pedido de impeachment de Moraes, e os discursos que antecederam o de Bolsonaro também foram contundentes neste sentido. O objetivo é sensibilizar senadores para a abertura do impeachment e alertar a comunidade internacional sobre abusos nas decisões do ministro do STF.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que Moraes perseguiu veículos de imprensa, como a Gazeta do Povo, a Jovem Pan, a revista Oeste e a Folha de S. Paulo. Disse também que o magistrado calou jornalistas, citando Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino, Allan dos Santos e Leandro Ruschel.
Discursaram também os deputados Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Magno Malta (PL-ES), governador de São Paulo , Tarcísio de Freitas, e o pastor Silas Malafaia, que é um dos organizadores do evento.