A recente decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo de suspender as redes sociais do candidato Pablo Marçal gerou, neste sábado (24), uma onda de reações alternativas entre figuras políticas de destaque, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e dois concorrentes de Marçal à Prefeitura de São Paulo.
A ação foi movida pelo partido da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), que acusa Marçal de usar sua rede social de forma irregular na campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. Os políticos criticaram a medida como um atentado à liberdade de expressão.
Bolsonaro, que entrou em conflito com Marçal nos últimos dias, disse que a prática de censurar redes sociais de candidatos, não importa quem para o afetado, é perigosa para a democracia.
“Independente de quem tenha a rede censurada, eu não compactuo com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando uma rotina. Daqui um pouco estamos todo o mundo aí censurado. Só quero deixar bem claro, independente de quem seja, não concordo com censura, tá ok?”, afirmou.
Nikolas Ferreira também se pronunciou, criticando duramente a ação movida de Tabata Amaral. “Já tive meu perfil derrubado por perseguição judicial e sei que romper a conta de alguém é pra anular a pessoa do mundo. Com o Marçal, a situação é outra, mas sabemos que o instinto é o mesmo. estão errados e espero que a liminar caia. Vergonhosa a atitude da Tabata – desequilibrada, antidemocrática, e claro, chata”, declarou via X.
O deputado mineiro disse ainda que “a censura não pode ser normalizada”. “Este é o problema da esquerda”, escreveu. “A minha democracia permite as mentiras que eles falam, a eles querem censurar tudo aquilo de que não gostam”, acrescentou.
Marcel van Hattem, crítico frequente da tendência de censura do Judiciário brasileiro, manifestou sua indignação com a suspensão das redes sociais de Marçal. “A censura só aumenta no Brasil”, disse. “E o pior, quem pediu essa censura foi o partido da candidatura Tabata Amaral. Acho importante dizer isso porque se demonstra, mais uma vez, como a esquerda tem atuado em conjunto nessas horas. Pablo foi certíssimo quando disse no debate que Tabata Amaral é para-choque de comunista. No fundo, o que ela está fazendo é utilizar o mesmo método dos comunistas, da esquerda, dos autoritários, de censurar as pessoas, de abolir a chance de que elas possam expressar as suas ideias”, acrescentou.
Marina Helena (Novo-SP), que concorreu com Marçal na corrida pela Prefeitura de São Paulo, também se posicionou contra a censura. “Mais uma vez, o sistema quer ganhar a eleição impondo censura prévia. Se o Pablo cometeu crime eleitoral, que seja investigado de acordo com a lei. Mas jamais com bloqueio de suas redes sociais. Pablo é meu concorrente, mas tem meu apoio nesta questão. Censura, não!”, disse a candidata.
Mais cedo, Ricardo Nunes (MDB-SP), outro concorrente de Marçal, já havia se manifestado contra a decisão. “Sou contra qualquer tipo de censura. A regra tem de ser igual para todos. Ou a Justiça libera todos os candidatos para fazerem o mesmo, ou ninguém utiliza estrutura paralelamente com cortes impulsionados.”
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