Marleide Tomaz de Aquino, de 72 anos, repete tradição desde a infância. Se chover há 158 dias, cidade passa por racionamento parcial. Aposentada Marleide Tomaz de Aquino, de 72 anos, recorre a fé para pedir por chuva em Barretos, SP Ronaldo Gomes/EPTV Todos os dias ao meio-dia, aposentada Marleide Tomaz de Aquino, de 72 anos, tem um compromisso inadiável. Ela sai de casa com uma garrafa de água nas mãos e vai até o pé da cruz que fica em frente à Igreja dos Santos Reis, em Barretos (SP), do outro lado da rua onde mora, faz uma oração pedindo por chuva e despeja o líquido não é local. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O ato de fé, diz ela, já dura uma semana. Mas não é algo novo. De tempos em tempos, a aposentada ora pela chuva em Barretos e faz isso desde que era criança. “É tradição desde criança, minha mãe faz. É pra mandar chuva, que não está chovendo, tem muita seca. A gente também fala que a fé move montanhas e eu tenho muita fé. Acho que deveria jogar aqui [na cruz] pra chover, que nós estamos precisando muito da chuva”. Aposentada Marleide Tomaz de Aquino, de 72 anos, recorre a fé para pedir por chuva em Barretos, SP Ronaldo Gomes/EPTV A cidade, que é uma mais seca do estado de São Paulo , não vê chuva há 158 dias. A última vez que choveu em Barretos, de acordo com a estação local do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi no dia 11 de abril, quando foram registrados 10 mm com a seca severa e a estiagem prolongada. , a prefeitura diz que é difícil distribuir água para toda a população e, por isso, tem racionado o consumo Desde julho deste ano, moradores são fiscalizados, notificados e multados caso sejam flagrados por fiscais do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). desperdiçando água. O racionamento parcial na cidade deve durar até outubro. LEIA TAMBÉM Cafeicultor perde plantação de 3 anos em incêndio no interior de SP e estima prejuízo de R$ 500 mil O superintendente do Saae, Marcelo Borges diz que a medida é necessária por conta do aumento do consumo, que se dá não só por causa das ondas de calor, mas também porque há menos água nos mananciais que abastecem a região. “Tanto nos mananciais superficiais, que é a captação nos córregos feitos na cidade, quanto a vazão dos poços acaba ocorrendo nesse período, porque o uso aumenta”. Segundo Borges, uma cidade dependente do Aquífero Guarani, que abastece 15 milhões de pessoas, e está sendo super explorada nesta época do ano. “Temos menos água para abastecer o mesmo número de pessoas e com uma demanda ainda maior por conta do calor que está fazendo ultimamente”. Assista à reportagem do EPTV2 na íntegra: Em meio a racionamento de água, moradores de Barretos rezam para chuva voltar Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região
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