O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (20) em Brasília, ao receber o presidente Xi Jinping, que o Brasil e a China colocam a “paz e o diálogo” em primeiro lugar nas suas relações internacionais, ao falar sobre os conflitos armados que “assolam o mundo”
O petista deu as declarações ao lado do presidente chinês, com quem se reuniu no Palácio da Alvorada. Lula tornou-se defensor de uma reforma de organismos internacionais, caso o Conselho de Segurança da ONU, com maior participação dos países em desenvolvimento.
“Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensos geopolíticos, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar”, afirmou Lula em declaração à imprensa.
O Brasil e a China fazem parte de um grupo de países que tenta negociar uma saída pela paz no leste europeu. Lula não citou no discurso o ditador russo, Vladimir Putin, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Após o encontro com a comitiva chinesa, que participou no Rio de Janeiro da Cúpula do G20, Lula destacou ainda o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e acrescentou que “jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras”.
Sobre a guerra na Faixa de Gaza, invadida por Israel, o presidente chinês afirmou que a situação humanitária segue se deteriorando e cobrou maiores compromissos da comunidade internacional em uma ação imediata de cessar-fogo e assistência humanitária, bem como uma solução rigorosa que, segundo ele, precisa garantir a existência de dois Estados.
Lula e Xi Jinping deverão voltar a se encontrar no ano que vem, quando o Brasil sediará uma nova cúpula dos Brics, em julho. A presença do chinês também é aguardada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada no final do ano que vem em Belém.