Sempre que se pensa no futuro, invariavelmente surge uma série de sentimentos, tanto positivos quanto negativos. Desde esperança e boas expectativas, até temor e insegurança por não ter ideia do que virá pela frente.
No geral, a cultura brasileira é positivista e, em alguns casos, chega a ser até otimista demais. Tão otimista que a maioria da população não se importa em economizar, poupar e investir dinheiro para um futuro mais seguro. Ao contrário, a prática comum é gastar primeiro e pagar depois, ainda que não se tenha ideia de como fazer isso.
Mas, pior do que não buscar um futuro financeiramente mais tranquilo é negligenciar um outro tipo de investimento que, além de dividendos, traz segurança. Refiro-me ao conhecimento. Para o brasileiro, há mais sentido em passar meses pagando milhares de reais em um celular que durará pouco tempo do que investir em seu próprio conhecimento.
Não é à toa que a cada mês o Brasil bata um novo recorde no número de inadimplentes e que estejamos entre os países onde mais se aplicam golpes financeiros. As taxas de desemprego são tão altas quanto o número de vagas de emprego disponíveis, porém, sem qualificação, não há pessoal suficiente para preenchê-las. E a raiz dessas estatísticas não está na falta de dinheiro, mas sim, na falta de conhecimento.
Nos dias de hoje, nem sequer é necessário um alto investimento financeiro para se adquirir conhecimento, pois há um sem-fim de informações disponíveis na internet, seja em texto, áudio ou vídeo e muitas delas até gratuitas. Além disso, há uma incorporada de livros cujo conteúdo pode trazer conhecimentos de grande valor, ao preço médio de 45 reais.
Porém, enquanto para muitos, livros e cursos são “caros”, celulares, roupas da moda e renda de shows valem todo e qualquer satisfação para serem adquiridos. E, enquanto muitos dizem não ter tempo para os estudos, horas e horas são perdidas nas redes sociais a troco de nada.
Para deixarmos de ser o eterno país do futuro, é necessário que nós, brasileiros, tenhamos uma mudança de mentalidade, e que passemos a desenvolver a cultura do investimento, principalmente naquilo que jamais poderá ser tirado de nós: o conhecimento.
“O meu povo sofre por falta de conhecimento”. (Oséias 4:6)
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